GUARANI

Marcelo Veiga sai e Ademir Fonseca assume

O novo treinador do alviverde campineiro tem 52 anos e, no início da temporada, dirigiu o CRB

Carlos Rodrigues
29/03/2015 às 22:08.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:21

Ademir Fonseca é o novo técnico do Guarani. Depois de definir a saída de Marcelo Veiga do comando do clube em reunião extraordinária do Conselho de Administração ocorrida na noite deste domingo (29), os dirigentes bugrinos agiram rápido e já acertaram com o novo treinador. Fonseca tem 52 anos e, no início da temporada, dirigiu o CRB. Ele viaja do Rio de Janeiro para Campinas, na manhã desta segunda-feira (30), e já será apresentado às 11h, além de ter seu primeiro contato com o grupo de jogadores.   Em contato com a reportagem do Correio Popular, o presidente Horley Senna disse que era favorável a permanência de Veiga, mas pesou a opinião do restante do Conselho. “Eles acharam por bem a mudança, pela questão dos resultados, da instabilidade do time. Era hora de dar uma chacoalhada”, destacou.   Volante nos tempos de jogador, Ademir Fonseca iniciou a carreira de técnico em 97, no Ituano. E lá teve sua principal conquista, quando faturou o Campeonato Paulista de 2002 – que naquela edição não contou com a participação dos grandes, além de Guarani e Ponte Preta. Seus outros títulos são o Paraense de 2006 pelo Paysandu e o Alagoano de 2013 pelo CRB. O time nordestino inclusive, foi seu último trabalho. Ele deixou o clube em março após a eliminação na Copa do Nordeste.   O presidente bugrino destacou que o novo técnico se enquadrou no que o Guarani ofereceu e disse o que espera do comandante. “Ele ficou satisfeito com o que apresentamos”, disse. “É um profissional que já atuou em clubes paulistas, tem experiência e competência. Espero que ele dê padrão de jogo ao time, que venha para agregar e resolver esse problema”. VEIGA   Demitido após 16 partidas no comando do clube, Marcelo Veiga se disse chateado, mas agradeceu a chance no Bugre. “A gente sabia que o time tinha condições de classificar, mas estou tranquilo. Espero que o grupo faça um grande trabalho e possa conquistar esse acesso”, disse o ex-treinador, que, segundo o presidente, receberá integralmente a multa pela quebra de contrato.   Sobre as dificuldades durante seu trabalho, Veiga destacou a falta de oportunidade em repetir a equipe, seja por conta de suspensões, ou lesões. “Tivemos vários problemas e não conseguimos manter a regularidade”, observou.   Ele disse que a pressão interna não interferiu em seu trabalho. “A política no Guarani é forte, muita gente torce contra, mas pra mim nunca atrapalhou. Só acho que se todo mundo se unisse e não puxasse cada um para seu lado, o Guarani seria uma potência”.   AUDIÊNCIA   Justiça do Trabalho, Guarani, Prefeitura de Campinas e investidores interessados no Brinco de Ouro. Estas são as figuras centrais da audiência que acontece, nesta segunda, às 13h30, no Fórum Trabalhista. O objetivo do encontro é achar um denominador comum e uma solução definitiva para as dívidas do clube. Depois do leilão do último dia 18 não apresentar valores considerados suficientes para resolver o imbróglio, a expectativa é de um acordo que agrade a todos as partes.   A juíza do trabalho Ana Cláudia Torres Vianna já deixou claro a intenção de resolver o caso com urgência, mas de uma forma que não prejudique os credores. Por isso, insatisfeita com os três lances oferecidos na hasta pública, resolveu convocar o Poder Público. O prefeito Jonas Donizetti foi convidado para a audiência, em que a Justiça deseja saber se a Prefeitura tem a intenção de aprovar eventuais projetos para construções no local que atualmente abriga o estádio bugrino.   Uma resposta positiva faria com que as ofertas pudessem ser aumentadas a um valor que agrade a Justiça. No leilão, foram três propostas. Um polo de empresas de Jaboticabal ofereceu R$ 70 milhões (com condicionantes), a Lances Negócios Imobiliários ofertou R$ 65 milhões (sem condicionantes) e a MMG Consultoria — que pertence à Magnum — propôs R$ 57 milhões (sem condicionantes).   O presidente do Guarani Horley Senna se reuniu com o prefeito na semana passada e recebeu a garantia de que a Prefeitura vai ajudar o clube. O dirigente também não descartou a possibilidade de aceitar um acordo. "Estamos cautelosos, mas confiantes na posição que o prefeito nos passou. Ele é a favor que o Guarani continue de portas abertas", ressalta Senna. "Espero que a juíza continue tendo bom senso. Só haverá acordo se o Guarani for contemplado com as necessidades mínimas que ele precisa. Não vamos aceitar por um valor vil".

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