CAMPINAS

Manifestos causam prejuízo de R$ 12,5 mi ao comércio

Cálculo leva em conta os danos materiais e a queda de vendas durante os primeiros dias de protestos

Felipe Tonon/Bruna Mozer
25/06/2013 às 06:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:55

O comércio na região central de Campinas somou prejuízo de R$ 12,5 milhões com a ação de um grupo de vândalos em meio aos protestos que tomaram as ruas de Campinas na semana passada.

As depredações causaram danos calculados em R$ 2,5 milhões, e as lojas também deixaram de arrecadar um valor estimado em R$ 10 milhões, entre quinta-feira (20) e sábado (22).

As informações são do economista Laerte Martins, da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). A entidade estuda uma forma de auxiliar os associados atingidos. A Acic reafirmou seu apoio às manifestações, mas repudiando as depredações, avaliadas como “injustificáveis”.

O Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) foi o indicador utilizado por Martins para o cálculo. Segundo o economista, as consultas realizadas no serviço mostram o número de tendência de compras.

“Em função desses números, avaliando o período (de quinta-feira a sábado) a gente observou que a retração chegou a 10% a 12%”, disse. O faturamento médio diário do comércio campineiro gira em torno de R$ 25 a 30 milhões. “Houve uma queda. Nesses três dias seria uma movimentação de R$ 75 milhões, em função da retração (no número de consultas ao SCPC) calculamos que o comércio deixou de vender R$ 8 milhões, podendo chegar a R$ 10 milhões. Esse foi o impacto.”

Receio

No período estudado pela Acic, apenas na quinta-feira (22) os comerciantes foram orientados a fechar o comércio duas horas antes do previsto, no entanto, o economista acredita que muitas pessoas, receosas com novas manifestações, deixaram de circular pela região central.

“Consideramos também os saques em algumas lojas e as depredações, mas ainda não temos um número exato de estabelecimentos afetados”, disse o economista.

Na quinta-feira, quando a manifestação reuniu 35 mil pessoas no Centro, segundo a Polícia Militar, a entidade que representa o comércio na cidade recomendou o fechamento das lojas para evitar depredações e saques.

Grande parte dos lojistas pendurou panos brancos e bandeiras nas fachadas e vitrines, demonstrando apoio à manifestação, mas vândalos infiltrados no movimento pacífico causaram os estragos, que atingiram principalmente lojas e bancos localizados próximos à Prefeitura Municipal, na Avenida Anchieta.

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