Neste tempo de manifestos, passeatas e que tais surgiu uma nova classe de protestantes no País. Bons de teclado, de desenhos e pequenas artes com imagens, os agitadores virtuais passam dias a publicar manifestos, convites, indagações e teses sobre os mais variados assuntos. Mas não se tem certeza de que irão para as ruas quando chamados. Alguns deles se superam. Passam a criticar as manifestações dos outros sem conseguir mobilizar as suas próprias. Eles são criativos, têm boas ideias, porém ânimo questionável. No mundo das redes sociais pensam ser gigantes. Falam mal de políticos, criticam medidas, dissertam sobre leis e projetos. Opinam sobre religião, modismos e tomam posições. As mais variadas possíveis. O problema é que as mensagens postadas são superadas pelas mais recentes e vão sumindo. Logo, o protesto perde força em horas ou, dependendo da “fúria digitadora” dos internautas, até em minutos. E as mensagens se vão. Os políticos não as lêem e, logo, nem ficam sabendo que o protesto, até bem intencionado, diga-se, de pouco vale. Serve apenas para que os amigos vejam, compartilhem e curtam e até comentem, às vezes. O bom seria que estes manifestantes do teclado fossem para as ruas, quando chamados. Afinal é lá que serão vistos pelos políticos. E só assim os mandatários se sentirão pressionados. As redes sociais são boas auxiliares nas convocações e devem ser usadas. A ida para a rua, no entanto, é muito mais importante e provoca resultados.
EFEITO COLATERAL
Nada como uma manifestação após a outra, com um acampamento no meio. Quem viu as pesquisas percebeu que é preciso um empurrãozinho para se derrubar falsos líderes. Os protestos pelo País abalaram a credibilidade dos que vivem comprando votos com nosso dinheiro, por meio do Bolsa Família. A popularidade cai e as intenções de voto despencam. Se os protestos resistirem até a eleição, são muitos os que abandonaram o povo que terão problemas para se reelegerem.
REFORÇO NO CAIXA
A Prefeitura de Ribeirão Preto terá um reforço no caixa de R$ 21,746 milhões com a venda de 32 lotes do Distrito Empresarial. O resultado da licitação foi publicado no Diário oficial do Município do último dia 28 de junho, mas ainda podem ocorrer recursos de empresas licitantes. O lote mais barato na licitação saiu por R$ 127.333,50. Já o de maior valor foi comprado por R$ 1.512.586,46. Várias foram as empresas que compraram mais de um lote no local. A maior parte do valor, no entanto, será paga de forma parcelada pelos compradores.
PRESENTE?
O presidente e diretor financeiro da Fundação D. Pedro II, Josué de Lima Peixoto, foi exonerado de seus dois cargos no dia 19 de junho, dia do aniversário da cidade. Em seu lugar, acumulando também os dois cargos, assumiu Dulce Maria das Neves, esposa do secretário de Obras Públicas, Abranche Fuad Abdo. Apesar de as portarias de exoneração e nomeação só terem sido publicadas na sexta-feira (28) elas são retroativas aos dias 19 e 20 de junho, respectivamente. É bom que se esclareça que apesar dos dois cargos, o salário é de apenas um deles.
PROJETOS POPULARES
A apresentação de projetos de iniciativa popular será facilitada pela aprovação de uma emenda à Lei Orgânica do Município (LOM), de autoria do vereador Beto Cangussú (PT) e assinada por outros 11 vereadores, entre eles o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB). No texto de hoje, a apresentação exige que as propostas tenham apoio, por meio de abaixo-assinado, de 5% do eleitorado, separados por seções eleitorais correspondentes aos bairros a que se referem o projeto.
TODA A CIDADE
O percentual para a apresentação do projeto continua em 5%, mas sem a exigência da identificação das seções eleitorais. Os apoiadores das propostas terão que se identificar apenas pelo número do título eleitoral. Assim, uma proposta que irá beneficiar determinada região pode ser apoiada por eleitores de toda a cidade. Finalmente uma mudança para facilitar a participação popular na vida legislativa.