RIBEIRÃO

Manifestantes vão à Câmara e fazem reivindicações

Prefeita anuncia redução de R$ 0,10 na tarifa do transporte, mas MPL quer desconto de R$ 0,30

Luís Augusto
25/06/2013 às 23:03.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:45

Os manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) ocuparam nesta terça-feira (25) a Câmara Municipal de Ribeirão Preto durante o protesto por redução da tarifa do transporte coletivo urbano. No final da tarde, a prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou que enviará um projeto ao Legislativo com redução de R$ 0,10 na tarifa, mas os manifestantes querem que a redução seja de R$ 0,30, voltando o valor para R$ 2,60 que era cobrado antes do reajuste de janeiro.

Cerca de 3 mil pessoas, segundo avaliação dos organizadores, participaram da passeata, que foi da Esplanada do Pedro II à Câmara Municipal e, depois, seguiu para o Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura Municipal. Alguns manifestantes devem permanecer em vigília. Além de manter a reivindicação de redução de R$ 0,30, o MPL é contra a isenção de Imposto Sobre Serviço (ISS) às empresas de ônibus, como quer a prefeitura.

Na Câmara, Raphael Inácio, um dos integrantes do MPL, leu da tribuna uma carta com as reivindicações do movimento, com sete itens, sendo o principal deles a redução de R$ 0,30 na tarifa. Mas eles também pedem a abertura do contrato firmado com o consórcio Pró-Urbano, que venceu a licitação, acesso às planilhas de custo das quatro empresas e uma auditoria no processo licitatório e no contrato.

Na carta, os manifestantes ainda pedem a abertura do Conselho Municipal do Transporte, que já existe em lei e participação ampla nas discussões do Plano de Mobilidade Urbana, em elaboração pela Administração Municipal. Também reivindicam a reetruturação do transporte, com possível abrangência à Zona Rural.

Os vereadores assumiram o compromisso de auxiliar nas discussões, incluindo o agendamento de uma reunião do grupo com o governo municipal. Os manifestantes até se dispuseram a permanecer na Câmara até a redução da tarifa acontecer, mas um dos integrantes do MPL, Matheus José Vieira, lembrou que o transporte coletivo é competência do Executivo e que o local da reivindicação seria a Prefeitura.

“Essa ocupação da Câmara é simbólica. O transporte coletivo compete ao Executivo e é na Prefeitura que vamos continuar o ato. Vamos avançar juntos, sem dispersar o foco”, afirmou ele da tribuna da Câmara e os manifestantes deixaram as galerias, mas sempre dirigindo palavras de ordem contra os vereadores. Um dos mais vaiados foi o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB).

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