Em Sales Oliveira, cerca de 150 famílias participaram da ação que fechou rodovia
Manifestantes da regional de Ribeirão do MST protestaram na Anhanguera (Divulgação)
Cerca de 150 famílias integrantes da regional de Ribeirão Preto do Movimento dos Sem Terra (MST), realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (17), que paralisou a Rodovia Anhanguera, na altura do Km 340, próximo a cidade de Sales de Oliveira.
A ação faz parte das reivindicações de justiça do grupo pelo Dia Nacional da Luta Camponesa, lembrado no dia 17 de abril. A data foi marcada em protesto pelo assassinato de 21 trabalhadores no Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Pará.
A mobilização faz parte da Jornada Nacional de lutas pela reforma agrária e contra a impunidade dos crimes no campo. A rodovia ficou fechada por 21 minutos, que simbolicamente representou os mortos no massacre, sendo um minuto de protesto para cada morte. “São 17 anos de impunidade e até hoje os principais culpados não foram responsabilizados. Temos que protestar e continuar nossa luta pela reforma agrária”, afirmou Neusa Botelho Lima, integrante da Coordenação Estadual do MST.
Os trabalhadores do MST distribuíram 2 mil quilos de mandioca e outros alimentos aos motoristas e caminhoneiros que estavam próximos do local onde ocorreu a manifestação. “Isso é para simbolizar a nossa intenção de aproveitar as terras improdutivas para construir lares para essas famílias e produzir alimentos nessas terras”, disse Neusa. De acordo com o movimento, mais de 150 mil famílias ficaram acampadas em beiras de estradas e rodovias em todo o Brasil.
Da região de Ribeirão Preto, participaram da Jornada representantes do Assentamento 17 de Abril de Restinga, Mário Lago de Ribeirão Preto, Sepé Tiarajú de Serrana e Serra Azul, Cida Segura de Orlândia, Acampamento Alexandra Kollontai de Serrana e Wanderley Caixe de Sales de Oliveira.