JOGO RÁPIDO

Mais um jogo para o quarteto decidir

Coluna publicada na edição de 3/4/28 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
02/04/2018 às 21:13.
Atualizado em 23/04/2022 às 09:25

Apesar de ter acertado o travessão nos instantes finais da partida de sábado contra o XV de Piracicaba, o Guarani não tem do que reclamar após o empate por 0 a 0 no Barão da Serra Negra. O time enfrentou dificuldades, não conseguiu impor o ritmo com o qual conquistou quatro vitórias fora de casa na Série A2 e, embora nenhuma bola tenha atingido as traves de Bruno Brígido, é inegável que o XV desperdiçou algumas chances claras de marcar. Essa é uma das vantagens de enfrentar um adversário que faz em média apenas 1,06 gol por partida. Se tivesse um pouco mais de qualidade, o XV poderia ter conseguido uma boa vantagem logo no começo, o que teria deixado os campineiros em situação crítica. E o Guarani, que faz 1,93 gol por jogo, terá que mostrar esse potencial ofensivo no duelo decisivo de amanhã, no Brinco de Ouro. Em Piracicaba, o quarteto que fez do ataque bugrino o melhor do campeonato não funcionou. Bruno Mendes teve poucas chances, Bruno Nazário marcou — e apanhou — bastante, Rondinelly não conseguiu dar ritmo ao setor de criação e Erik errou demais na hora de tomar decisões em alguns ataques perigosos. No Brinco de Ouro e com apoio da torcida, o Guarani será favorito ao acesso justamente por ter quatro jogadores com capacidade de decisão. Afinal, os números mostram que a excelente campanha na primeira fase passou pelos pés de Bruno Mendes, Bruno Nazário, Erik e Rondinelly. Defensivamente, o Guarani não se destacou. Entre os quatro semifinalistas, é o que mais sofreu gols. A Portuguesa, que até a penúltima rodada esteve ameaçada de rebaixamento, sofreu os mesmos 18 gols do Bugre. O Juventus, primeiro time acima da zona de rebaixamento, levou apenas 16. O que difere o Guarani dos demais, portanto, é o seu poder ofensivo. A Série A2 já teve 122 partidas realizadas até o momento e em apenas quatro o time visitante conseguiu marcar quatro gols. Uma com o Oeste, uma com o Nacional e duas com o Guarani. O XV de Piracicaba tem o mérito de já ter enfrentado o melhor ataque do campeonato duas vezes e ainda não ter sofrido gols. Nas duas partidas, o Bugre parou no travessão, em finalizações dos volantes Ricardinho e Denner. Amanhã, será fundamental que o quarteto todo funcione bem. Eles contribuíram, com gols e assistências, nas dez vitórias da campanha. Precisam repetir a dose pela 11º vez para que o objetivo do clube seja alcançado.

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