OPINIÃO

Maioridade, sindicalismo e Ponte Preta

Correio do Leitor
09/05/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 17:08

Maioridade 1

Hélio Rosolen

Aposentado, Campinas

Não sou advogado e muito menos filósofo, mas esse tema me deixa muito preocupado, uma vez que estão usando menores para crime e eles aproveitam para praticar atos absurdos por serem menores, pois sabem muito bem que logo estarão novamente nas ruas. Em uma pesquisa, foi apontado que 93% da população quer a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Sugiro que se faça um plebiscito junto à população, igual àquele feito para o desarmamento, para legitimar essa questão (...), e assim não teremos que ouvir de nossas autoridades desculpas esfarrapadas a respeito do assunto. (...)

Maioridade 2

Pedro Tauil Filho

Administrador, Campinas

Somos todos favoráveis a uma nova lei que reduza a idade mínima para menores infratores. Garotos de 13, 14, 15 anos estão assaltando e matando sem o menor escrúpulo. Não há dúvidas de que essa lei deva ser votada e colocada em vigor o mais rápido possível. Mas não se iludam os senhores que essa a lei diminuirá consideravelmente a situação atual, pois vício é vício. No entanto, friso que não ouvi e nem li pelo menos uma vez o que fazer com os novos garotos de 10, 11, 12 anos, já que daqui a três anos no máximo, estarão assaltando e matando. Esses garotinhos, será que estão na escola, será que estão pedindo moedas nos semáforos, será que seus pais tentam educá-los? É aí que entra o governo, obrigando todas as crianças a serem matriculadas nas creches e colégios, onde passariam o dia inteiro recebendo educação decente. Aí sim, teremos garotos de verdade. (...)

Maioridade 3

Wilson Túllio Alves de Andrade

Advogado, Campinas

Muito conveniente para a presidente Dilma posicionar-se contra a redução da maioridade penal, haja vista encontrar-se a aludida chefe do poder executivo federal, extremamente protegida por forças federais e, portanto, fora do alcance das barbáries cometidas por terroristas mirins, que, fortemente armados, vêm dilacerando a vida de milhares de famílias, ao abordarem e executarem friamente cidadãos de bem, pagadores de impostos, como se fossem insetos, alvejando-os impiedosamente de maneira fatal e covarde, sem proporcionar-lhes nenhuma chance de defesa.

Tal postura de sobredita autoridade federal, revela total desprezo, pelos mais comezinhos valores e garantias constitucionais conferidas aos cidadãos pela Constituição de 1988, além de manter-se inerte, assistindo de camarote à execução sumária de uma população indefesa (...). Vergonha nacional!

Sindicalismo

José Luís Zélus de Oliveira

Jornalista, Campinas

O movimento sindical passa por um triste episódio. Atrelado aos partidos e a governos, abandonou a sua principal função: a de lutar pelo direito dos trabalhadores. Ser sindicalista virou sinônimo de dinheiro fácil e mordomias. Líderes sindicais se eternizam no poder e só largam o osso depois de mortos. Mesmo assim, alguns sindicatos passam de pai para filho. O trabalhador brasileiro está nas mãos de Deus. (...) Hoje, muita gente trabalha, sua a camisa, e mal consegue comer e alimentar seus filhos, numa época em que o peleguismo está mais vivo do que nunca, só que disfarçado de sindicalismo de luta.

Violência

Hélio de Faria Merheb Jr.

Médico, Campinas

É porque aqui no Brasil, até agora, não existem grupos terroristas políticos organizados, nem motivação, como quando o assunto é crime comum, roubos a bancos, carros-forte, tráfico, assaltos, assassinatos etc., esse sim é superorganizado. Com a disponibilidade de armamentos e dinamites que qualquer bandido tem por aí, imaginem se quisessem fazer um atentado como o de Boston? Seria a coisa mais fácil do mundo! O Brasil que melhore a segurança em geral, pois teremos eventos monstros pela frente. Com a facilidade para circular por aí, vai ser um festa para o maluco que quiser por uma bomba em qualquer festa. Seria um bom legado desses eventos para a população a melhora do transporte público, segurança, saúde além de estádios caríssimos e capas de chuva.

Diversidade

Armando Bergo Neto

Advogado, Campinas

Na aplicação da norma ao caso concreto, chegava-se a considerar a existência do denominado homem médio, com a finalidade de comparação, verificando se o comportamento e a diligência de determinada pessoa enquadravam-se com o que era tido como uma atitude comum, correta e desejada no contexto social. Agora, num mundo globalizado, com o respeito e a tolerância exigidos relativamente à diversidade, da qual redunda na opção aceita por vários países em legalizar a união homossexual e a adoção de uma criança por homossexuais (ela terá ou dois pais ou duas mães, ao invés de um pai e uma mãe, o que é natural). No estágio atual da humanidade, quem seria esse homem médio?

Ponte Preta

Nelson Silvestre Adade

Adm. de empresas, Campinas

Uma enorme frustração, esse é o sentimento hoje da nação alvinegra de Moisés Lucarelli! Um povo sofrido, apaixonado, batalhador, incansável e fiel, torcida única. Dois pontos: a forma nefasta com a qual a diretoria de futebol procurou culpados em uma injusta “caça às bruxas”.(...); a forma desrespeitosa com que seu torcedor é tratado, um verdadeiro circo. Erros primários na distribuição de ingressos, despreparo de pessoal. Colocam um monte de meninas recepcionistas, inócuas, ao invés de criarem um grupo de “seguranças/monitores” que pudessem intervir, evitando o confronto de torcedores contra, a sempre despreparada e ineficaz PM. (...) E se acontecer alguma punição a nós torcedores, esses amadores ‘administradores’ precisam ser afastados e punidos!

Ficção

Jayme de Almeida Rocha Netto

Aposentado, Campinas

Orçamentos públicos são elaborados e aprovados para não serem cumpridos. São peças de ficção. Cada gestor coloca sua marca no correr da execução, através de créditos adicionais suplementares (Correio de 3/5). O orçamento de Campinas para 2013 (administração direta) prevê receita de R$ 3,2 bilhões (Lei 14.546 de 27/12/12) e a Câmara, muito boazinha, dá um cheque em branco para o prefeito em seu artigo 4º, de 10% desse valor, ou seja, R$ 320 milhões, para o remanejamento de dotações orçamentárias sem aprovação legislativa. Pior, aprovaram que esse limite não será onerado com despesas com insuficiência de dotação para pessoal, encargos sociais, previdência, serviço da dívida pública, despesas de exercícios anteriores e outras coisas mais. Fica a pergunta para a Câmara: orçamento para quê?

Programação

Amyr Cantusio Jr.

Músico, Campinas

É simples melhorar a educação e cultura do Brasil, mas a política da mediocridade nos veículos de comunicação teria que ser alterada pelo governo sem censura alguma. Como a Rede Globo é a campeã do alastramento de ignorância nacional, se modificariam os horários da programação. Passa-se o Big Brother, Faustão, novelas e outras baboseiras para após a meia-noite, e coloca-se no lugar programas culturais de arte, música de qualidade, pintura, história, dança etc. nos horários nobres. Uma triagem nas rádios seria importante. Dessa forma, com o tempo, poderia se ter certeza da melhoria da cultura geral (...), além da diminuição da criminalidade!

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