Maioridade, Bolsa Família e Medicina
Maioridade
Henry Charles Ducret
Advogado, Campinas
É inquestionável que o sistema penitenciário brasileiro não recupera detentos e em especial os de alta periculosidade. A redução da maioridade penal é hoje apoiada pela maioria da sociedade, implorando mudanças na legislação e sonhando com uma Justiça mais eficaz. Qualquer adolescente conhece a lei e os artigos que lhes proporcionam benefícios, pratos esses fartos e saborosos no mundo do crime. A educação desses menores deve partir dos pais, escola, religiões e mídia, não os entregando de graça e com benevolência ao tráfico, vez que a alteração na redução penal, salvo melhor e apurado juízo, se trata de cláusula pétrea da Constituição (...). Oferecer alternativas sábias e corajosas, como aprendizado e trabalho em colônias especiais talvez seja o ideal (...).
Cadeia
Nelson Leite Filho
Advogado, Campinas
O sistema prisional brasileiro é arcaico, medieval e está falido, sendo uma verdadeira escola do crime, além de pagarmos caríssimo para treinar bandidos, pois cada preso custa uma média mensal de quase R$ 2 mil. Creio que só deveria funcionar para crimes graves ou de lesa pátria e, mesmo assim, de forma totalmente educacional, não como hoje se faz quando a pessoa pode ser presa até mesmo por uma dívida fiscal. Ademais, está provado que em penas alternativas ou em regimes abertos a reincidência é mínima, enquanto que em regime fechado a reincidência gira em torno dos 80%. Só não entendo como alguns juízes que tem ampla formação educacional e social insistem em encher as cadeias, sem sequer usar a lei 12.403 na aplicação de medidas cautelares diversas da prisão ali previstas.
Paralelepípedos
José Roberto Hansen
Médico, Campinas
Poucos certamente andaram de ambulância em Campinas e, certamente, seria muito interessante que todas as ruas fossem asfaltadas, mas temos que ter critérios e observações. (...) Muitas ruas de pedras parecem tapetes de tão bem-feitas que foram e outras, com asfalto que tem mais correções devido aos buracos, que precisariam ser asfaltadas novamente. Em alguns trechos da Rua Coronel Quirino e muitas outras ruas da cidade é impossível passar com ambulâncias. Uma pessoa em atendimento pode até cair da maca de tanto que pula.(...) Precisamos preservar para mostrarmos que o antigo era feito com amor, com profissionalismo. Hoje, tantos anos depois, com tanta tecnologia , não conseguimos manter uma simples rua em boas condições.
Marisa Monte
Deborah Sousa
Jornalista, Indaiatuba
Estive no Teatro do Liceu em Campinas para ver mais uma vez o show do Tour Verdade uma Ilusão, da Marisa Monte, e vi um show de incompetência e desorganização no local. Já estive na temporada de SP, quando paguei muito mais caro, porém, participei de um evento bastante organizado. No dia 17/5, o convite dizia que os portões seriam abertos às 19h. Cheguei na hora certa, (…) os portões não estavam abertos. (…) A partir das 20h30 começou a lotar. (…) O show de horrores começou, as pessoas começaram a sentar-se nas escadas. (…) Nenhum responsável pela produção apareceu, nem segurança. (…) A saída foi outro show de incompetência à parte. Estacionamento desorganizado, saída de qualquer jeito, enfim, nada que não mostre o retrato de um País desorganizado e ambicioso. Lamentável.
Bolsa Família 1
Mauro Chibeni
Consultor, Campinas
Pronto: chegou o momento do governo federal valorizar ainda mais o programa denominado Bolsa Família. Por quê? Oras, essa tal de boataria sobre o programa, com certeza, foi lançada por Brasília para chamar a atenção daqueles que votam a favor desse governo que aí está. Fazendo esse barulho todo, os beneficiários do programa, ao passar por essa situação de desespero, voltam para casa tecendo elogios aos patronos dessa tal de ‘bolsa esmola’. Sempre aprendemos que não devemos dar o peixe ao faminto, mas sim ensiná-lo a pescar, porém, aí não se obtém votos. Abram os olhos eleitores.
Bolsa Família 2
Thiago Petinati
Estudante, Campinas
Por conta dos boatos de que o Bolsa Família iria acabar, os beneficiários correram às lotéricas no último final de semana para tentar resgatar o benefício e (...) a presidente Dilma taxou o autor do boato de “desumano” e “criminoso”, alegando que isso prejudicou seriamente as famílias que dependem dessa auxílio. Fico frustrado com a atitude tomada pela presidente, justamente pela preocupação que ela mostrou com a população. Aonde estava essa preocupação durante sua campanha eleitoral? Em 2010, a alegação do partido era de que o Bolsa Família acabaria caso o outro candidato fosse eleito. Ou seja, o que hoje é taxado de crime, em 2010 era manobra eleitoral. (...)
Bolsa Família 3
Alberto Buscaglione
Economista, Campinas
Triste e lamentável o acontecido a milhares de pessoas em pleno domingo, que correram às agências da Caixa pelo simples motivo de um boato ridículo. No entanto, é de se estranhar, primeiro, o despreparo e irresponsabilidade da Ministra, que informou à presidente Dilma que o fato tinha sido criado pela oposição, e em segundo lugar, pela sra. Dilma repetir tal descalabro sem ter informações e dados concretos do acontecido. Aliás é normal partindo do partido dela. Além do mais, o próprio partido poderia ser o culpado, pois poderia criar falsamente o boato para justamente poder culpar a oposição, já que estamos chegando próximos às eleições. (...). Seria bom que o governo aprendesse a, antes investigar, pensar e depois falar, ou melhor: deixar a quem é de direito (nesse caso a PF) agir antes de falar baboseiras repetitivas e sem eficacia.
Medicina 1
Eduardo Molitor
Médico, São Paulo
Quero parabenizar a Faculdade de Medicina da Unicamp pelos 50 anos. Quero, sobretudo, agradecer por tudo que pude aprender nessa escola nos meus anos de aluno da graduação e na residência médica. Que venham mais 50, 100 anos de crescimento, formação, e excelência pra esta instituição “que eu trago guardada no meu coração”, segundo uma das muitas odes celebradas pelos alunos à sua escola.
Medicina 2
José Benedito Bortoto
Médico, internauta
Minha escola fez 50 anos, tenho muita honra de ser filho dessa casa. Parabéns jovem senhora.
Wagner
Nelson Travnik
Astrônomo, Campinas
No universo da música erudita, o mundo celebra hoje o bicentenário de nascimento do compositor alemão Wilhelm Richard Wagner (1813-1883). Wagner inovou a ópera ao criar o que ele chamou, a “Obra de Arte Integral” (Gesamtkunstwerk). Seu maior admirador brasileiro foi o imperador D. Pedro II, que ofereceu o Rio para a estreia da sua óperaTristão e Isolda. Em 1876 inaugurou em Bayreuth o Teatro dos Festivais (Festspielhaus), construído por ele e até hoje (caso único no mundo), destinado exclusivamente para a representação de suas óperas. Nosso imperador estava presente na inauguração, que contou com o ciclo completo da tetralogia O Anel dos Nibelungos.