Madrugou, pagou caro

Até bem pouco tempo, profissionais e sites especializados em dicas de passagens baratas indicavam a escolha de voos de madrugada como forma de garantir um bom desconto. No rápido mundo das companhias aéreas, essa regra parece ter ido por água abaixo. De acordo com um levantamento do site ViajaNet, diferente do que muitos pensam, as passagens para embarque de madrugada sofrem um aumento de até 50% se comparadas às de períodos diferentes (manhã, tarde e noite). Através de simulações, o site comparou preços dos voos mais concorridos do Brasil, os da Ponte Aérea. No trecho São Paulo-Rio há diferenças nos custos das passagens quando comparados os voos noturnos com os diurnos. Na madrugada, um bilhete aéreo custa, aproximadamente, R$ 462,00, enquanto que, tanto no período da manhã, quanto no da tarde, o mesmo trecho sai por cerca de R$ 318,00. Outro percurso analisado foi entre Rio e Brasília. O voo de madrugada sai em torno de R$ 792,00. Entretanto, se comparado o mesmo trajeto, mas em horários diferentes, por exemplo, matutino e vespertino, o tíquete custa, em média, R$ 526,00 e R$ 468,00 respectivamente.   Gustavo Mariotto, executivo do site que promoveu a pesquisa, afirma que, para conseguir um bom desconto, o passageiro deve comprar a passagem com antecedência. De acordo com Mariotto, a economia chega a 60%. Nesse ponto discordo. Há pelo menos três anos, muitas companhias têm feito promoções de última hora.   O problema é conseguir entender a dinâmica que as companhias aéreas seguem. Na verdade, é impossível para quem apenas compra passagem, saber quais as regras que elas seguem. Uma dica, além de voar em outros horários que não de madrugada, é ficar de olho nas promoções e comprar logo quando elas são anunciadas. Normalmente, as companhias aéreas reservam parte dos assentos para o preço promocional. Quando o último assento é vendido, os preços voltam ao normal até que a empresa resolva rever os valores, que podem baixar, ou mais comumente, subir. Por isso, a dica mais importante é ficar ligado, principalmente nos sites e nas redes sociais das companhias aéreas.   Boa viagem!   Eduardo Gregori é editor de Turismo do Grupo RAC