SUMARÉ

Mãe e filha sobrevivem após serem sugadas por bueiro

Yasmine Souza
yasmine.souza@rac.com.br
24/10/2013 às 10:17.
Atualizado em 26/04/2022 às 06:59

Um dia depois, vítimas relembram os momentos de terror vividos durante a enxurrada ( Carlos Sousa Ramos/AAN)

A auxiliar de cozinha Elisângela Regina Gomes de Oliveira, de 34 anos, e a filha Andreyna Vitória Gomes de Oliveira, de 11, caíram em uma boca de lobo descoberta no Jardim Basilicata, em Sumaré, durante uma enxurrada no final da tarde de terça-feira(22), e lançadas no Ribeirão Quilombo. A menina conseguiu nadar até as margens do córrego e saiu da água sozinha. Já a mãe, que não sabia nadar e pulou no bueiro para salvar a filha, foi resgatada por vizinhos. “Quando vi minha filha caindo não pensei em outra coisa senão salvá-la. Não me perdoaria se ela morresse afogada”, contou Elisângela.Andreyna brincava com uma amiga quando foi puxada pelo bueiro. “Nem lembrava que ele ficava por ali. Passei uns 30 segundos dentro do cano até cair no rio”, disse Andreyna.A mãe correu até a boca de lobo e tentou puxar a filha. “Pensei que ela pudesse estar presa e comecei a procurar o buraco na água, mas de repente fui sugada também”, afirmou Elisângela. Seu corpo foi lançado de um lado para o outro, dentro do cano, até chegar ao rio. “Quando saí e vi o chinelinho dela boiando, pensei que ela tinha morrido”, contou a mãe. Na terça, a Rua Crenac ficou alagada com as chuvas. A remoção de alguns moradores da região já estava marcada para ontem, por isso, muitos vizinhos estavam na rua fazendo mudança. “Ninguém esperava uma enchente um dia antes da mudança”, disse Elisângela. “Minha mãe estava ajudando as pessoas e me pediu para ver se meu irmão ainda estava dormindo na casa da minha prima. Foi quando eu caí no buraco”, disse Andreyna. Por sorte, ela sabia nadar. “Subi pelo mato na margem do ribeirão e entrei na casa de um vizinho, mas nessa hora minha mãe já estava dentro do cano.”O servente de pedreiro Diego dos Santos Souza, 19 anos, e a pintora de paredes Ana Paula Gomes Rodriguez, 27 anos, foram os salva-vidas de Elisângela. “Quando vi ela sendo puxada pela água corri até o ribeirão e pulei. Consegui segurá-la, porque ela queria sair pelo rio procurando a menina”, contou Souza. Sem saber que a filha estava sã e salva, Elisângela se recusava a sair da água e só se acalmou quando viu a menina. Segundo moradores do bairro, o problema com enchentes é antigo. “Se a gente não tira a grade da boca de lobo, a água não escoa e entra dentro das casas”, diz Elisângela. Veja também Campinas limpa 22 córregos para reduzir enchentes Locais foram sugeridos após estudos da Defesa Civil, que apontaram os pontos mais críticos Granizo atinge bairros e afeta semáforos em Campinas As pancadas de chuva darão lugar, no fim de semana, ao sol com elevação da temperatura Temporal causa estragos em Rio Preto No Pronto Socorro Central, enxurrada se formou no corredor interrompendo atendimento

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