Lutador de jiu-jitsu mata hóspede de hotel antes de torneio

Será enterrado no final da tarde desta segunda-feira (20), em Batatais (SP), o corpo de um homem de 48 anos morto na noite de sábado (18) no quarto de um hotel na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (MS). Paulo Cézar Oliveira, que faria 49 anos no dia seguinte, teria sido agredido até a morte por Rafael Martinelli Queiroz, de 27 anos, de Valparaíso, lutador de jiu- jitsu, que também estava hospedado no mesmo hotel. Apesar de morarem no interior paulista, os dois não se conheciam e, pelo apurado até agora, não havia qualquer motivo para o crime. O lutador teria surtado após desconfiar que o filho esperado pela namorada, de 24 anos, não seria seu. Após ser agredida, a mulher saiu correndo e ainda contou na recepção sobre a fúria do companheiro. Descontrolado No andar onde o casal estava hospedado, o lutador teria saído quebrando tudo à procura da jovem até bater na porta do quarto vizinho e matar o hóspede, que foi agredido e levou cadeiradas. Para o delegado Tiago Macedo, que cuida do caso, o lutador estava descontrolado e mataria qualquer um que encontrasse pela frente. Com quase 2 metros de altura e 140kg, o acusado, que participaria de um torneio na cidade, não teve dificuldades para abater a vítima de 1m68 e 70k. Ele foi localizado ainda perto do hotel, sendo necessários mais de dez policiais do Batalhão de Choque para conseguir prendê-lo. Na delegacia ele continuou agitado e não foi possível colher o seu depoimento. O hotel divulgou nota onde se isenta de culpa pelo ocorrido e diz colaborar com as investigações. O local conta com monitoramento e gravação de imagens, já estando o material em poder dos policiais. Agressão A mulher envolvida contou ter se escondido após apanhar do lutador. Já ele, após invadir o quarto vizinho, saiu correndo e ainda entregou uma corrente para a recepcionista dizendo que pertencia ao hóspede. Ela então foi ao apartamento e encontrou o homem já morto e muitos objetos quebrados. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Campo Grande. O suspeito segue preso e responderá por crimes como homicídio doloso e violência contra a mulher.