CARLO CARCANI

Lucas e a Seleção

Carlo Carcani
carlo@rac.com.br
15/10/2013 às 21:21.
Atualizado em 26/04/2022 às 04:17

A temporada 2013 mudou duas de minhas expectativas para a Copa do Mundo. No final do ano passado, eu não via a Seleção Brasileira como favorita ao título do Mundial. Muito pelo contrário. Em virtude do futebol pobre apresentado na era Mano Menezes e no início do trabalho de Luiz Felipe Scolari, eu não via o Brasil indo além das quartas, mesmo jogando em casa.Eu também achava que Lucas, jogador que vivia uma excelente fase no São Paulo, deveria ser titular absoluto da Seleção. Veloz, agressivo e muito habilidoso, tinha tudo para dividir com Neymar a missão de infernizar as defesas adversárias com aquilo que o futebol brasileiro tem de melhor. Esses dois cenários mudaram em poucos meses. Felizmente, Felipão conseguiu rapidamente dar à Seleção Brasil um nível de jogo compatível com a qualidade de seus atletas. O Brasil tem dois dos melhores zagueiros do mundo (se não forem os dois melhores), laterais experientes que jogam nos melhores times do mundo, volantes versáteis, um meia que não para de evoluir como Oscar e, a cereja do bolo, Neymar. Talvez ainda falte um 9 do mesmo nível, mas Fred mostrou na Copa das Confederações que pode dar conta do recado. Diego Costa, que deve ter uma chance nos amistosos de novembro, é outra boa opção. De qualquer forma, o Brasil já tem uma hoje uma equipe sólida, competitiva e respeitada. Pode até cair nas quartas do mesmo jeito, mas vai entrar em campo como favorita ao título, ao lado de Alemanha, Espanha e Argentina. As outras grandes sempre aparecem na lista, mas acredito que o título ficará entre essas quatro. A performance na Copa das Confederações foi excepcional e o time manteve a pegada na sequência de amistosos. É um time forte e confiante. Confiança que parece ter desaparecido do futebol de Lucas. Depois de alguns bons jogos em suas primeiras apresentações pelo Paris Saint-Germain, ele caiu de produção e começou a perder espaço no clube francês. E o mesmo aconteceu na Seleção. Sem mostrar bom futebol nos amistosos, perdeu espaço para Hulk, que não tem nem metade de seu talento, mas consegue cumprir o que Felipão lhe pede.Reserva pouco utilizado desde então, teve a chance de começar jogando ontem contra a Zâmbia. Ficou em campo por apenas 45 minutos, participou pouco do jogo e, assim como Alexandre Pato, deve ter perdido muitos pontos na briga por uma convocação para a Copa.O futebol é dinâmico e muita coisa pode mudar em alguns meses. Seria bom se Lucas voltasse a ser o antigo Lucas e contribuísse para deixar a poderosa Seleção Brasileira ainda mais forte.

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