Longa 'Os Mercenários 3' carece do humor dos filmes anteriores

O primeiro foi bem precário, quase tosco. O segundo, um belo filme — o melhor dos três. O sucesso de ambos, inclusive de crítica era resultado da ótima sacada: recuperar velhos heróis esquecidos, revitalizá-los e mostrar que ainda serviam para alguma coisa. E funcionaram porque o registro era todo no tom do humor. Eles só queriam brincar, havia um quase descompromisso; e o efeito positivo se via na tela. Entretanto, 'Os Mercenários 3', de Patrick Hughes (2014), que o Telecine Premium exibe neste sábado (1º), às 22h, perdeu completamente a mão. O longa, além de aumentar o tempo de duração em meia-hora em relação aos anteriores, abusa da trilha sonora genérica (que serviria para qualquer um dos três), força desesperadamente o humor e não consegue emplacá-lo, e oferece uma torturante sequência final — a última meia-hora — de interminável pancadaria; nada que não tivesse sido mostrado desde o início, e resulta num tédio, mesmo sendo filme de ação e, portanto, repleto de adrenalina. Falsa adrenalina. A história, como se imagina, nem conta muito. Enfim, só para os fãs inveterados.