XEQUE-MATE

Lockdown ou sobrecarga

Luiz Roberto Saviani Rey/ Correio Popular
15/03/2021 às 11:32.
Atualizado em 22/03/2022 às 01:42

A semana começa com dúvidas e presságios em torno do futuro do plano de combate à pandemia de covid-19 em Campinas. Desde a sexta-feira à noite, o aumentou o movimento em hospitais da cidade, na busca de leitos. Há entendimento entre os setores da saúde e mesmo do campo político, através da Frente Nacional dos Prefeitos, de que a cidade somente reverterá o atual quadro de caos e de saturação em sua rede hospitalar caso seja adotado o lockdown por no mínimo 15 dias. Dário Saadi avalia.

Correida maluca

Há um caráter de seriedade nas tentativas de melhorar o sistema e a oferta de leitos em hospitais de Campinas, na campanha de combate à covid-19. Contudo, nota-se, também, no meio político, uma corrida desenfreada atrás das autoridades de Saúde, não apenas com o fito de solucionar o caos, mas de faturar politicamente. Boa parte dessas corridas de parlamentares e políticos, no trânsito entre Brasília e São Paulo, visam mais ao cofre eleitoral.

"Quero ajudar na gestão da cidade. Outra pretensão política eu não tenho", Wanderley de Almeida, vice-prefeito de Campinas

LIDGERWOOD

Preocupados com o destino do histórico prédio da antiga Siderúrgica Lidgerwood, no complexo da Estação Cultura, segmentos de Campinas oficiais e privados reúnem-se esta semana para a tentativa de soluções que permitam a sua preservação como patrimônio da cidade.

LIDGERWOOD 2

Além de seu histórico de ter sido um dos baluartes da industrialização de Campinas, o imenso prédio da Lidgerwood, em estilo britânico, saiu incólume dos bombardeios do Getúlio e seus aviões “Vermelhinhos”, na Revolução de 1932, quando a cidade recebeu saraivadas que mataram o escoteiro Aldo Chioratto, de nove anos.

SOCORRO ADITIVO

A Comissão do Parlamento da Região Metropolitana de Campinas e representantes da Câmara Municipal reúnem-se nesta segunda para traçar plano de apoio às medidas de incremento da rede hospitalar.

SOCORRO ADITIVO 2

O Hospital Mário Gatti deverá receber aporte de quase R$ 1 milhão, por conta de emenda parlamentar do deputado Orlando Silva, em ação conjunta com o vereador Gustavo Petta, ambos do PCdoB.

SEM AGENDA

Em visita ao Correio Popular para a entrevista deste domingo, em conversa informal com o Presidente Executivo do Grupo RAC/Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni, o vice-prefeito Wanderley de Almeida, Wandão, confessou que as coisas andam difíceis no quarto andar do Palácio dos Jequitibás.

***

Por conta da correria e do tempo dedicado a apagar as chamas da pandemia, o prefeito Dário Saadi já nem tem a costumeira agenda para assuntos comuns. “Ás vezes vou à sala dele com um assunto, mas desisto. O tema saúde tomou conta”, diz Wandão.

CAMPO MINADO

Uma nova guerra está no ar, com os descompassos federais no combate à pandemia. Secretários estaduais de Saúde se dizem saturados com a inércia e que perderam a paciência nas conversações com o ministro Eduardo Pazuello.

CAMPO MINADO 2

Carlos Lula, presidente do Conselho de Secretários de Saúde, reconhece um começo razoáverl, mas pondera que os sucessivos erros de Pazuello minam sua credibilidade perante a área.

HOMEM INDEFINIDO

Paulo Guedes, o indeciso ministro da Economia, que conquistou espaços pregando ter colocado uma “granada” no bolso da classe dos funcionários públicos, com anunciados cortes e demissões, agora recua e proclama que “ajuste fiscal sobre o funcionalismo acaba sendo peso injusto e excessivo”.

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