Língua
Carlos Alberto Marchi de Queiroz
Servidor estadual, Campinas
Recentemente, atenta leitora protestou contra o excesso de palavras inglesas que poluem a última flor do Lácio. Relatou que, ao levar seu automóvel para uma revisão, foi convidada a fazer um check list de seu veículo. Não sei se de uma van, de uma pick-up, de um station wagon ou de um jeep. Pouco importa. A seguir, foi convidada para tomar um coffee enquanto outros clientes faziam um test drive. Agora, os shopping centers, após as festas de fim de ano, abrem a temporada dos saldões, dos off, valendo-se da internet. A novidade é o boxing week... Temos que levar essa invasão cultural com fair play... O que consola é que os anglófonos, não tendo como adaptar nossas palavras ao seu idioma, continuam torcendo a boca e falando Carmen Miranda, Rodrigo Santoro, samba, caipirinha e feijoada... Assim como nós, que gostamos de strogonoff, sushi, gulash, ravioli e pizza... Um dia falaremos uma língua global, okay?
Artigo
José Roberto Ferreira da Silva
Corretor de imóveis, Campinas
Quero agradecer ao escritor Lino Volpato, pelo seu magnífico artigo denominado Balanço Geral, publicado em 27.12. Suas palavras mágicas permitem a cada leitor fazer realmente uma análise dos caminhos percorridos em 2012 e a serem trilhados em 2013. O artigo é tão rico para se fazer uma reciclagem da nossa vida, nos guiando para novas atitudes, para um novo recomeço da jornada, que sugiro ao leitor desse conceituado jornal, ler, recortar e colocar em um quadro, para ser lido e lembrado o ano todo. O artigo é tão bom que fica muito difícil destacar as frases que mais nos tocam. Exemplos: “Faça uma faxina interior, apague velhos ódios e ressentimentos que só lhe asfixiam e assombram a alma”. “Areje suas ideias. Promova encontros familiares, fortaleça os vínculos afetivos, referencie a melhor idade e afague as crianças”. “Silencie. Reflita antes de emitir uma opinião e avalie as consequências”. Esse é o verdadeiro Balanço Geral que devemos fazer das nossas vidas.
Aeroportos
Mara Montezuma Assaf
Professora, São Paulo
É uma vergonha o que está acontecendo nos aeroportos do Rio que enfrentam apagões de energia elétrica gerando caos para a população que lá transita. Os usuários estão literalmente derretendo dentro do Galeão e do Santos Dumont. Isso pode estar acontecendo para racionar energia ou então é falha de manutenção da Infraero nos equipamentos de ar-condicionado, sendo que a Infraero é uma agência que supostamente administra 67 aeroportos do País . O resultado desta gestão é evidente. Além do mais, os apagões em diferentes regiões do País são contínuos. Por isso é incompreensível a fala da presidente Dilma dizendo achar ridículo falar em racionamento para justificar os seguidos apagões e que a causa dos mesmos é por falha humana e não por queda de raios. Afinal, no que esta justificativa refresca o caos da energia no País?
Manifesto
Paulo Panossian
Jornalista, São Carlos
Não satisfeitos pela alta remuneração que receberam de seus clientes, réus do mensalão, os renomados advogados encabeçados pelo ex-ministro da Justiça de Lula, Márcio Tomas Bastos, com nítido cheiro de frustração, estão indignados com o Supremo, porque condenaram 25 réus, por não terem observado o “ônus da prova”. Interessante que na hora da apresentação defesa, esses causídicos mais se esforçaram para convencer os magistrados de que seus clientes denunciados haviam praticado apenas crime de caixa 2! Como não lograram êxito, talvez como prometido a seus clientes, os advogados em clima de fúria preparam um manifesto contra a nossa corte! E, diga-se de passagem, a maioria dos membros do STF deu um show de como interpretar e respeitar a Constituição.
Tempo
Adilson Luiz Gonçalves
Mestre em Educação, Santos
Tanto já se falou sobre o tempo, que às vezes parece perda de tempo falar sobre ele. Velho, mais de guerra do que de paz, ele não envelhece, embora muitos vivam a anunciar seu fim, de tempos em tempos. Paradoxalmente, apesar de infinito, ele não envelhece, permanecendo ao mesmo tempo protagonista e espectador de nossas alegrias e aflições. Mais que isso, ele é nosso principal credor, pois nos empresta uma mínima fração de si próprio, para nos cobrar o que fazemos dela, por toda a vida. Tem gente que diz que ele vale ouro, enquanto outros o desperdiçam. Tem gente que só lembra dele quando parece ser tarde demais, para, então, se agarrar a ele sem medidas, sem limites. Mas, quando é cedo? Quando é tarde? Quando é o tempo “exato”?
Conhecimento
André L. O. Coutinho
Engenheiro-mecânico, Campinas
Temos cada vez mais conhecimento, mas estamos nos tornando menos humanos. A medicina conhece cada músculo dos braços e seus movimentos, mas não consegue entender a importância de um abraço. A física e a eletrônica construíram um telescópio que vê o outro lado do universo, mas não conseguem ver a alma de uma pessoa olhando em seus olhos. A engenharia constrói bunkers à prova de uma explosão nuclear, mas não consegue diminuir a dor de um coração ferido. Viver bem com as pessoas é o mehor presente e plano para 2013.
Irresponsabilidade
Luiz Gonzaga Pereira
Economista, Campinas
O presidente da Câmara dos Deputados faz a casa legislativa e de suma importância para o País sofrer hoje por medidas e posturas incorretas e inconvenientes devido ao fato de o mesmo querer impor afronta ao poder judiciário, transformando-a em casa de guerrilheiros, desrespeitando a constituição no seu todo, dando guarida a pessoas condenadas e nefastas
à Nação brasileira. O mesmo está raivoso devido ao fato de 3 deputados terem sidos cassados por postura desonrosa e danosa. Acolher condenados e transformar a casa em reduto dos fora de lei é crime e o Sr. Maia deveria, neste momento, renunciar ao cargo de
presidente e ao mandato de deputado, pois demonstrou não ter condições emocionais para exercer cargos de tamanha importância para o País.
Abrigo de ônibus
Renê Santana
Aposentado, Campinas
Na Rua Conceição onde funciona hoje o TRT tinha um abrigo de ônibus decente. A Emdec tirou-o dali com certa razão, colocando uma parada entre as ruas Barão de Jaguara e Dr. Quirino, mas somente um postinho. As crianças que ali param ficam expostas a sol e chuva, e se abrigam nos degraus do comércio, o responsável não gosta, venhamos, com certa razão. Na Avenida Campos Salles, onde a calçada é mais estreita, tem abrigos cobertos em toda a extensão. Esta solicitação é também em razão do número de linhas que ali passam. Cambuí, Parque Brasília, São Fernando, Itatiaia, Iguatemi e Jardim Planalto. Será que é possível colocar ali um abrigo com as acomodações que nossas crianças merecem?