GUTO SILVEIRA

Licitações escondidas

Guto Silveira
21/05/2013 às 21:30.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:10

A Administração Municipal parece ainda desconhecer a Lei de Acesso à Informação. Sempre que pode, dificulta o acesso. Mas há uma situação que parece inacreditável: para ver um pregão presencial da Coderp, o interessado tem que ser cadastrado. Para se cadastrar, precisa ser pessoa jurídica, já que o cadastro exige o número do CNPJ. É triste ver que o cidadão comum não tem o direito de saber o que a companhia, que é uma empresa mista, mas com controle público, está comprando. Seria difícil de entender se viesse de uma empresa acostumada a manter a transparência, mas vindo de onde vem, nada surpreende. No site oficial da Coderp, as licitações já realizadas somem do site, diferentemente do que ocorre com a Prefeitura, onde os editais e informações são mantidas. É por isso que a companhia costuma ser chamada de "caixa preta" da Administração. Contrata empresas para terceirizar funcionários, faz contratos milionários com a Prefeitura sem licitações e até teria feito uma licitação para a construção do recinto da elefanta Maison, no ano passado, pelo dobro do preço pago pela Prefeitura. O fato só não ocorreu pela gritaria da oposição na Câmara e da imprensa. E toda vez que a Câmara tenta aprovar uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para analisar a empresa, a bancada de situação abafa. Deve haver mesmo muita coisa a esconder. Mas cadastro para ver pregão presencial não, dona Coderp. É demais!

DISTRITO

A Prefeitura lança na manhã desta quarta-feira (22) a terceira etapa do Distrito Empresarial, que tem áreas maiores à venda que nas etapas anteriores. Localizado no Anel Viário Norte, o Distrito Empresarial de Ribeirão Preto aglutina empresas dos mais diferentes setores. A venda dos lotes pode representar uma chance de a Administração Municipal começar a equilibrar o caixa, bastante deteriorado ultimamente.

PARA ABASTADOS

A Fundação Feira do Livro realizará, na próxima quinta-feira (23), um jantar para ajudar a arrecadar recursos para a Feira Nacional do Livro. Quem se interessar em ajudar no incentivo à leitura terá que desembolsar R$ 600. Mas terá um jantar com a assinatura do chef Renato Aguiar e ainda concorrerá a uma moto Triumph Bonneville. Convites pelos telefones (16) 3911-1050 e 8124-0660.

CENTROS DE PESQUISA

O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) anunciou ontem, pelo Facebook, que a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) irá anunciar nesta semana a construção de 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) no Estado de São Paulo. Ribeirão Preto terá dois centros. Os Cepids terão investimentos de US$ 680 milhões e reunirão 535 cientistas do Estado de São Paulo e 69 de outros países.

PALESTRANTE

Juiz de direito, candidato a prefeito pelo PT e, agora, palestrante. João Gandini vem fazendo palestras para operários da construção civil, a convite das empresas, sempre com o tema cidadania. Ele afirma que conseguiu “a oportunidade de poder mostrar que a cidadania está nas pequenas coisas da vida e que qualquer pessoa pode entender o que é e colocá-la em prática, vivendo melhor”.

DESCANSO

O presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), deve tirar cerca de dez dias de folga, após o feriado da próxima quinta-feira. Disse que pretende se ausentar da Câmara apenas por duas sessões. Justificou que está estressado porque, por ter assumido a Presidência da Câmara, não teve qualquer período de descanso, como os demais vereadores.

RECLAMAÇÕES

Os vereadores voltaram a reclamar da Administração Municipal na sessão desta terça-feira (21). Da base governista, Rodrigo Simões (PP) foi à tribuna da Câmara dizer que agendou uma reunião com o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, esperou por uma hora e meia e não foi atendido. A intenção era pedir uma posição sobre obras do Governo nos Bairros que não foram realizadas em três bairros da Zona Oeste.

CRÍTICAS

O vereador Beto Cangussú (PT) reclamou do descaso nas respostas a requerimentos. Cangussú disse ter requerido do Daerp a relação das contratações de obras e serviços do Departamento de 2009 até a data atual. Recebeu outra pergunta como resposta, questionando sobre qual período ele pretendia saber. “O superintendente do Daerp acho que nem lê o que assina. Qualquer hora vai assinar a carta de demissão sem saber”, disse o petista.

MEIA RESPOSTA

Em função de um recapeamento mal feito em três ruas dos jardins Paulista e Paulistano, o vereador Ricardo Silva (PDT) perguntou quem foi a empresa responsável, quanto custou o serviço e quanto custaria para refazer o trabalho. A Prefeitura respondeu que já havia visto a falha e que o serviço seria refeito. Empresa responsável e preços nem foram citados na resposta. E assim segue a discórdia.

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