Dos 30 aeroportos comandados pelo Daesp, além de Ribeirão tiveram queda os terminais de Piracicaba, Franca, Ubatuba, Tupã, Dracena e Ourinhos
Passageiros esperam no Leite Lopes: janeiro também apresentou movimento menor (Fábio Melo)
O aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, considerado o principal aeroporto estadual, está entre os sete terminais sob administração do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) que registraram queda no fluxo de passageiros no ano passado na comparação com 2011, segundo o balancete anual divulgado pelo órgão.
Dos 30 aeroportos comandados pela departamento, além de Ribeirão também tiveram queda os terminais de Piracicaba (acima de 47%) Franca, Ubatuba, Tupã, Dracena e Ourinhos. Os demais terminais viram o fluxo de passageiros crescer até 44% no ano passado na comparação com 2011.
Para o especialista em aviação civil Celso Agioli, os aeroportos do Daesp que registraram crescimento começam a passar por um momento de expansão até atingirem o limite de movimento reservado a um terminal regional. “Os aeroportos do Daesp estão fora das grandes cidades e começam a crescer agora, no momento em que os olhos dos empresários e investidores se voltam para terminais alimentadores, fora dos grandes centros urbanos”, afirmou.
O ano passado não foi bom para o Aeroporto Leite Lopes, que registrou uma queda de 10% no movimento anual de passageiros na comparação com 2011, quando o terminal alcançou a marca histórica de 1,1 milhão de usuários transportados, ante pouco mais de 1 milhão em 2012.
A maré baixa para o mercado da aviação civil ribeirão-pretano também chegou em 2013 causando um recuo de 6,3% na movimentação de passageiros em janeiro, com possibilidade de o cenário se estender até o meio do ano.
Romualdo Sanches, engenheiro especialista em transporte aéreo, reforçou o discurso de Agiole ao apontar que os aeroportos que registram queda no transporte de passageiros estavam em uma cresceste desde 2010, quando o mercado aéreo doméstico se popularizou. “Piracicaba, Franca, Ribeirão, todos estavam crescendo cerca de 10% ao ano. É natural que caiam agora para encontrar estabilidade”, disse. “Só para ter ideia, esta foi a primeira queda de movimento no Leite Lopes desde 2003”, completou.