CAMPINAS

Leilão do Brinco recebe lances abaixo do valor mínimo

Melhor oferta foi da Lances Negócios Imobiliários (R$ 65 milhões), mas Justiça marca audiência no dia 30

Carlos Rodrigues
18/03/2015 às 16:04.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:44
Fachada do Guarani, o Estádio Brinco de Ouro da Princesa: ladrões renderam vigias e levam Kombi do clube ( Leandro Ferreira/AAN)

Fachada do Guarani, o Estádio Brinco de Ouro da Princesa: ladrões renderam vigias e levam Kombi do clube ( Leandro Ferreira/AAN)

Três grupos fizeram lances no leilão do Brinco de Ouro, realizado na manhã desta quarta-feira, em Campinas. Os valores, porém, foram bem inferiores ao lance mínimo de R$ 126 milhões, estipulado pela Justiça do Trabalho.Depois que nenhuma oferta foi feita pelo leilão virtual e na abertura do pregão, houve a possibilidade de lances por um valor menor. E primeira oferta foi de um polo que envolve três empresas de Jaboticabal. O grupo, representado pelo advogado Bruno Martins Lucas, deu um lance de R$ 45 milhões. Minutos depois, a empresa MMG, que pertence à Magnum, do empresário Roberto Graziano, fez uma oferta de R$ 57 milhões. A empresa é a mesma que havia arrematado o estádio em novembro do ano passado, na Justiça Federal.Depois de receber os dois lances, a juíza Ana Cláudia Torres Vianna deliberou sobre as propostas e decidiu pela marcação de uma audiência no dia 30 de março envolvendo Guarani, Justiça, Prefeitura e as duas interessadas.Quando tudo parecia definido, um terceiro investidor entrou em cena. A Lances Negócios Imobiliários ofereceu R$ 60 milhões, sem nenhuma condicionante, diferente dos outros grupos. Por volta das 14h, a disputa ficou acirrada e as empresas aumentaram seus lances. A Lances Negócios Imobiliários aumentou a proposta para R$ 65 milhões. Seguida do polo de Jaboticabal, que subiu a sua oferta para R$ 75 milhões, parcelados em 120 vezes, porém, ainda com as condicionantes.A juíza voltou a se reunir com demais magistrados para definir se haveria o arremate imediato ou não. Quando retornou, outra novidade. A MMG retirou as condicionantes e manteve o valor de R$ 57 milhões. O detalhe é que a empresa já depositou cerca de R$ 46 milhões da hasta pública do ano passado. A partir daí, nenhum dos interessados mudou as propostas.Como esse valor é insuficiente para cobrir as dívidas, a Justiça confirmou a audiência pública para dia 30 de março. A intenção é que a Prefeitura sinalize que permitirá a construção de empreendimentos nas duas áreas do terreno que lhe pertencem. Assim, os interessados poderão oferecer um lance maior. Caso isso não aconteça, não está descartado um novo leilão futuramente, já que a Justiça do Trabalho deseja uma solução rápida e que satisfaça os credores.O presidente do Guarani, Horley Senna, mostrou-se extremamente inconformado com a situação e garantiu que não sabia da intenção de Roberto Graziano em realizar um novo lance. Além disso, o presidente disse que vai entrar com um pedido de embargo caso a Justiça Trabalhista aceite a oferta de qualquer um dos três grupos.

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