OPINIÃO

Lanchinho e violência

Correio do Leitor
24/03/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:25

Lanchinho 1

Adilson Roberto Gonçalves

Professor universitário, Lorena

Eis uma era de discrepâncias. Se saltam aos olhos as despesas previstas com alimentação de vereadores, há outras questões importantes por trás do fato, que o Correio muito bem citou no editorial ‘Vaquinha’ e lanchinho na Câmara (20/3). A licitação proposta para aquisição do serviço de alimentação é instrumento jurídico para proteger o cidadão do mau uso do dinheiro público, ou seja, do seu próprio dinheiro. A intenção é propiciar regras e concorrência claras para que não haja favorecimentos ou superfaturamento. Mas é exatamente dentro da lei que as piores falcatruas acontecem, pois são poucos os fornecedores que estão adimplentes com todas as imposições legais e acabam ofertando preços acima da média do mercado.(...)

Lanchinho 2

Fabio Biral

Jornalista, Campinas

Está correto servirem um lanche e refrigerante para os vereadores sem mais a necessidade da “vaquinha” para a arrecadação. Agora, com a extravagância do cardápio e o aparato de serviço, ambos propostos no edital, o que era para ser um lanche virou um banquete completo. Os edis poderão ter uma estafante maratona não só durante as reuniões e sessões, mas também, se provarem tudo que será servido com o farto menu. Os vereadores são funcionários públicos, mas, se esquecem desse fato caso optem por um lanche diferenciado do que é servido nas repartições públicas. Faltou só reservarem o local para uma boa sesta fora de hora, ao invés da necessidade de voltar para o Plenário. Que absurdo!

Lanchinho 3

José Luiz Pires

Aposentado, Campinas

R$ 48 mil é um preço justo diz Flôres “para ele, o preço não é exorbitante e existe necessidade da casa fornecer alimentação...”. R$ 928,00 de tíquete refeição para 378 comissionados da Câmara de Vereadores, sugere Galterio. Já o vereador José Carlos diz ,“Os vereadores deveriam trabalhar de graça em Campinas e utilizar o transporte público para chegar em casa”. Será que ele faz o que prega? (…) Alguns vereadores estão alegando que os baixos salários, verbas de gabinete, carro oficial e demais benefícios são insuficientes e estão tendo dificuldades para atender a população. Essa de não atender a população é coisa antiga. Mudaram algumas moscas, mas, pelo andar da carruagem a m... continua a mesma.

Acorda Campinas!

Saúde

Francisco Samuel Fiorese

Aposentado, Campinas

A falta de remédios em Campinas e penso que em geral está uma verdadeira catástrofe. Sou diabético, recebo há muitos anos, dentre outros, o principal remédio que é a insulina (...) através de ação judicial. Há mais de um mês está em falta e o posto de saúde informa ser o laboratório que não entrega, por isso ele se exime de culpa. Como consequência, sou forçado a comprar e eles informam que não adianta apresentar a nota fiscal, porque mesmo que tivessem, não restituiriam o valor e nem entregariam os refis correspondentes, caso tivessem. Há muitos, principalmente idosos nessa situação, que são obrigados, para sobreviver, a dispor ou de seus escassos recursos, ou receber ajuda dos parentes, ou suportar o agravamento da saúde até morrer. (…) Como diria Cícero, até quando, afinal, abusarão de nossa paciência? Até que a OMS seja acionada?

Francisco

Helio Rosolen

Aposentado, Campinas

A eleição de um papa não é um assunto de interesse só da Igreja Católica, mas sim de todo mundo. Observa-se que ela é o maior patrimônio do mundo, esse Império foi adquirido nesses dois mil anos depois de Cristo. Nesse período, a Igreja Católica não ateve o olhar para os pobres, preferiu ficar mantendo o tradicionalismo e o conservadorismo a ter uma visão mais atual, fazendo com que nossa Igreja perdesse fiéis para outras religiões, que apareceram ultimamente defendendo o povo mais pobre e aqueles que procuram uma palavra de conforto e esperança para que suas vidas tenham no mínimo uma perspectiva melhor. O papa Francisco, de origem humilde, nos trouxe a esperança de que nossa Igreja vai mudar. Ele não está preocupado com as “lantejoulas do poder” e sim com as pessoas que mais precisam (…).

Esportes

José Reginaldo Luciano

Faturista, Campinas

Pode parecer chover no molhado, mas entra ano e sai ano e o incentivo ao esporte em Campinas não engrena. Não adianta somente culpar os políticos, óbvio que se eles parassem de criar leis bizarras, que não acrescentam em nada no dia a dia, como por exemplo a lei que proíbe distribuir e pedir esmola em semáforos (?) e criassem leis de incentivo ao esporte, isso com certeza tiraria muitos jovens das ruas e avenidas da cidade. Mas é inadmissível uma cidade do potencial acadêmico e que comporta grandes universidades e não fazer nada em prol do esporte dito amador, além de grandes empresas que poderiam através de incentivos fiscais criar condições de levar as crianças e jovens a ter interesse em praticar esporte ou mesmo sem os tais incentivos, bastava pensar no retorno futuro. (…) É preciso unir forças para que isso mude. Quem pode começar?

Violência

Adilson S. Soares

Sociólogo, Campinas

(…) O fenômeno da violência e da criminalidade campeia entre nós, em todas as suas formas, provocando a desarmonia individual e coletiva. Se por um lado a violência alimenta cotidianamente o ciclo de desigualdade, por outro é preciso reconhecer que a segurança é a garantia na condição de direito de todos. A ilegalidade e a fragilidade das instituições; uma sociabilidade construída sobre base perversa, capaz de cristalizar uma cultura violenta da resolução de conflitos; a criminalidade transnacional, expressa pelo tráfico de drogas e armas enriquecendo facções e pessoas; das disparidades de ordem estrutural que ainda flagelam o País; além das pobres políticas públicas sociais que ainda não conseguem beneficiar, suficientemente, a sociedade. (... ) Será difícil cortar o mal pela raiz.

Mazzola

Ederaldo de Queiróz Telles Pacini

Advogado, Campinas

Muito feliz o artigo do jornalista e advogado Gustavo Mazzola (Correio, 20/3, pág. A-12) com relação ao Hospital Beneficência Portuguesa. Isso porque se nos acostumamos a reclamar de coisas más (o que é salutar), devemos também cultivar o hábito de elogiar o que é bom. (…) O aprimoramento do hospital, quer nas instalações físicas, quer na qualidade de seus profissionais, precisa continuar com o esforço de seus atuais diretores executivos para que Campinas retome sua posição de ser um dos melhores centros médicos do mundo.

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