TRÂNSITO

Lacração de veículos aumenta 12,4% no ano em Ribeirão

Mercado agitado e transferências resultaram em 4.383 lacrações em janeiro

Lucas de Castro
28/02/2013 às 15:19.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:46

A movimentação de registros e transferências de veículos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) em Ribeirão Preto foi grande no primeiro mês deste ano. De acordo com dados do órgão, em janeiro houve um aumento de 12,4% na lacração de veículos novos e de transferências, no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Ao todo, foram 4.383 lacrações, ante 3.899 em janeiro de 2012.

De acordo com o delegado da 15ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ribeirão Preto, Antônio Sérgio Pereira, os dados do Detran refletem o aquecimento nas vendas de veículos novos e usados na cidade.

A frota de veículos de Ribeirão teve um crescimento de 5,8% no ano passado, na comparação com 2011, e atingiu 450 mil unidades em circulação nas ruas da cidade, que aparece com a terceira maior frota de motos de todo o Estado de São Paulo. “Há um número grande de pessoas comprando veículos em Ribeirão e essa procura reflete na procura por serviços relacionados.”

Pereira disse ainda que as facilidades para tirar a carteira de habilitação também contribuiu para o crescimento. “O carro se tornou uma necessidade e as pessoas estão se tornando cada vez mais dependentes dele.”

As facilidade de crédito e os incentivos fiscais, sobretudo a veículos de passeio, fizeram a frota praticamente dobrar nos últimos dez anos, quando Ribeirão tinha 224 mil unidades em circulação. As motos impulsionaram o aumento de lacração em 2012, na comparação 2011.

De acordo com os dados do Detran, foram lacradas 205 motocicletas novas em janeiro deste ano, contra 172 no mesmo período do ano passado —uma variação de 19,1%.

Para o especialista em trânsito, Marcelo Ademar Peixoto, a falta de planejamento urbano e as condições pouco atraentes do transporte público também contribuem para este aumento. “As pessoas buscam forma de se locomover quando os meio alternativos não funcionam muito bem. E mesmo que passem a funcionar, muitas pessoas ainda vão comparar carro porque não criaram a cultura de andar de ônibus”, afirmou.

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