Kirin busca conquista inédita no Taquaral

Quando questionado se o Brasil Kirin seria o "azarão" na decisão desta quinta-feira (31) do Campeonato Paulista masculino de vôlei diante do atual tricampeão Sesi, o atacante Rivaldo foi enfático: "Fizemos a melhor campanha da competição e não chegamos à final porque tivemos sorte, mas porque merecemos ganhar o título. Não tem essa de azarão coisa nenhuma". A opinião do jogador, um dos ídolos da equipe de Campinas, terá o respaldo de pelo menos 2,6 mil torcedores —restavam poucos ingressos no final da tarde de quarta (30) —, que lotarão o Ginásio do Taquaral, a partir das 19h (Sportv), para ajudar a equipe a reverter o placar e faturar o título.No primeiro duelo, domingo passado, o Sesi venceu por 3 a 1 e os campineiros precisam dar o troco por qualquer placar e ainda desbancar o rival no golden set — parcial extra com 21 pontos jogada na sequência para desempatar a série.O capixaba Rodrigo do Nascimento Pinto, de 33 anos, ganhou a alcunha de Rivaldo pela semelhança com o meia pentacampeão do mundo pela Seleção de Futebol em 2002. Mas o craque do vôlei, ao contrário do sósia, não tem nada de discreto. Por falar bastante com os colegas em quadra e vibrar a cada ponto (seu ou de um companheiro), Rivaldo caiu nas graças da torcida campineira e está ciente que terá responsabilidade em dobro no duelo de hoje. "Eu motivo a torcida e a torcida me motiva. É uma troca. Quando jogamos em casa, temos que nos impor. Quem joga contra a gente aqui sabe que vai levar pancada por todos os lados", avisa o jogador.O técnico Alexandre Rivetti, que sempre evitou qualquer favoritismo da equipe pela campanha que fez até agora no Paulista, também descarta qualquer possibilidade de entrar como azarão na disputa pelo título."Ainda não perdemos no nosso ginásio nesta temporada, o que nos motiva bastante. Do outro lado teremos uma grande equipe, com a base da Seleção Brasileira, que também terá que vencer para ser campeã, mas temos totais condições de sair com a vitória, especialmente, pela força da nossa torcida", afirmou o treinador, que ano passado foi auxiliar do técnico adversário Marcos Pacheco na equipe campineira. "Ele ajudou muito na minha carreira, mas agora estamos em lados opostos. Quem errar menos, vencerá." ConfiançaSobre a maneira de barrar o Sesi, que busca o seu tetracampeonato, Rivetti corrobora a opinião de Rivaldo. "Temos que fazer o mesmo que vínhamos fazendo. Não será preciso alterar nada, apenas não desconcentrar para evitar os mesmos erros que cometemos na primeira final."O central Vini, que ao lado de Rivaldo tem um dos saques mais potentes do Brasil Kirin, é mais um a deixar claro que a equipe entrará para vencer e não para "segurar" o Sesi dentro de quadra. "Sabíamos da possibilidade de enfrentar o Sesi desde o início do Paulista. Trabalhamos para trazer esta decisão para nossa torcida, para nosso ginásio. Conseguimos isto e não vamos desperdiçar", afirmou o central Vini. "Poder jogar no Taquaral em uma decisão tão equilibrada pode ser uma grande vantagem", completou.