HOMICÍDIO

Justiça italiana anula absolvição de Amanda Knox

Knox voltou a para Seattle, nos Estados Unidos, e não pode ser extraditada para a Itália

France Press
26/03/2013 às 08:20.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:01
Amanda Knox foi presa pela polícia italiana suspeita de participar do homicídio de sua colega de quarto (France Press)

Amanda Knox foi presa pela polícia italiana suspeita de participar do homicídio de sua colega de quarto (France Press)

O Tribunal de Cassação italiano anulou a absolvição da estudante americana Amanda Knox e de seu ex-namorado italiano e ordenou um novo julgamento, pelo assassinato em 2007 de Meredith Kercher, colega de quarto de Knox, anunciou a imprensa italiana.

Knox e seu então namorado Raffaele Sollecito haviam sido condenados em primeira instância a 26 e 25 anos de prisão respectivamente pela morte da britânica Kercher em 1º de novembro de 2007. Os dois foram absolvidos em outubro de 2011, depois de passar quatro anos na prisão na Itália. Knox retornou aos Estados Unidos.

O novo julgamento acontecerá em Florença, decidiu o tribunal.

"Não se trata de uma condenação, e sim de uma anulação", afirmou uma das advogadas de Sollecito, Giulia Bongiorno, ao canal Sky TG24.

"A decisão de ordenar um novo julgamento significa que a corte decidiu que é necessário revisar alguns detalhes", completou.

Amanda Knox está "comovida", mas disposta a batalhar após a anulação da absolvição, afirmou seu advogado.

"Amanda está comovida, surpresa, porque pensávamos que este tema estava encerrado", afirmou o advogado Carlo Dalla Vedova ao canal CNN na Itália.

"Mas ao mesmo tempo ela está disposta a batalhar como tem feito nos últimos cinco anos", completou

O advogado deu a entender que Knox não retornará à Itália para o novo processo "por muitas razões".

"Não sabemos exatamente quais são os motivos da decisão da Corte de Cassação, mas estamos prontos para a batalha", disse.

Depois da libertação em outubro de 2011, Amanda Knox voltou a sua cidade natal, Seattle, na costa oeste dos Estados Unidos, e não pode ser extraditada para a Itália.

O procurador-geral Luigi Riello havia solicitado a anulação da sentença de absolvição por considerar que era fruto de uma "rara mistura de violações da lei e falta de lógica".

Um terceiro acusado, Rudy Guédé, da Costa do Marfim, continua negando participação na morte de Meredith Kercher, mas permanece detido depois de ter sido julgado em um processo separado, no qual admitiu parcialmente algumas acusações.

Durante a madrugada de 1 para 2 de novembro de 2007, Meredith Kercher, estudante de Leeds de 21 anos, foi encontrada seminua e com 43 marcas de faca no apartamento que dividia com Amanda Knox. Os exames dos legistas mostraram que ela também foi estuprada.

A promotoria considera que os três jovens mataram Meredith durante uma noite de sexo, álcool e drogas.

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