GUARANI

Justiça do Trabalho retém dinheiro da Magnum

Despacho determina o bloqueio do valor oferecido no leilão, que foi cancelado, do estádio Brinco de Ouro

Carlos Rodrigues
04/03/2015 às 00:20.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:01

A arrematação do Estádio Brinco de Ouro ocorrida em novembro do ano passado foi cancelada pela Justiça Federal, mas essa história ainda está longe de terminar. Isso porque a Justiça do Trabalho de Campinas determinou que os R$ 44.450.000,00 desembolsados pelo empresário Roberto Graziano naquela hasta pública fiquem retidos até que haja decisão definitiva quanto à existência de grupo econômico entre Guarani e Magnum. É o que consta em despacho datado do último dia 27 de fevereiro e assinado pela Doutora Ana Cláudia Torres Vianna, juíza do trabalho.   No documento, a magistrada ratifica que as empresas que compõem o grupo Magnum, representadas por Roberto Graziano, foram incluídas no polo passivo das ações de execução do clube. Em destaque também consta um trecho no qual a juíza cita que foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho a informação de que existe transação entre Magnum e Guarani, por meio de uma empresa interposta, e que o denunciante sofreu ameaça de morte.   A reportagem do Correio Popular tentou contato com Roberto Graziano nesta terça-feira (3), mas a informação de uma das funcionárias da Magnum era de que o empresário estava em reunião. Nas tentativas seguintes, ninguém na empresa atendeu ao telefonema.   O presidente do Guarani, Horley Senna, disse que a decisão não é uma surpresa. "Isso já era previsto, mas vejo que há um conflito entre competências. A Justiça do Trabalho quer o dinheiro do leilão da Justiça Federal, sendo que este foi anulado", disse.   O mandatário bugrino também falou sobre a hasta pública do dia 18 de março, data em que o Brinco vai a leilão por valor mínimo de R$ 126 milhões. "Esse despacho beneficiou o Guarani porque, se havia algum interessado no leilão, ele vai pensar duas vezes, pois não vai querer entrar numa longa briga judicial", comentou Senna.   "Eu já disse e repito. Se alguma pessoa ou investidor que não conhecemos ou que não tenha raízes com o Guarani tentar arrematar nosso estádio, vamos brigar para não sair daqui. E isso, com remédios processuais, dá para arrastar por 5, 10 anos", completou.SUB-20   Outro tema que agitou o dia do Guarani nesta terça foi a paralisação da equipe sub-20. Desde segunda-feira (2), os jogadores da categoria pararam de treinar por conta do não pagamento de salários. Segundo Horley Senna, a atual gestão deve cerca de R$ 40 mil e tentará arcar com esses custos em breve. Ainda de acordo com o presidente bugrino, a principal reclamação dos atletas é referente a valores não quitados de gestões anteriores.   SEM FRATURA   O técnico Marcelo Veiga ganhou uma boa notícia nesta terça. O exame feito pelo zagueiro Rafael Caldeira não confirmou a suspeita de fratura na costela. O jogador teve apenas um trauma no tórax após choque no jogo do último domingo (1).VAI PRO JOGO?   Como o jogo com o Comercial só acontece no sábado (7), a expectativa é de que o zagueiro esteja em campo normalmente. "Foi só um susto", disse Caldeira.CONVERSA   Marcelo Veiga se reuniu nesta terça com os jogadores. Em pauta, o alto número de expulsões do time na Série A2 — cinco em sete rodadas. O treinador também já avisou que, a partir de agora, quem levar cartão vermelho, vai ser multado.

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