Começou, nesta segunda (8), no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, o júri popular de 26 policiais militares acusados pelo caso que ficou conhecido como massacre do Carandiru (Agência Brasil)
Os policiais militares acusados de 15 mortes no massacre do Carandiru deveriam ser ouvidos nesta quarta-feira (17), pelo Tribunal do Júri, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo. Segundo informação divulgada à pouco pela rádio CBN, o julgamento desta quarta-feira (17) foi suspenso depois que um dos jurados passou mal.
Apenas quatro dos 26 PMs que invadiram o 1º andar do Pavilhão 9 do presídio deveriam prestar depoimento. A defesa ainda não divulgou o nome dos quatro réus.
Desde o início do julgamento, 24 dos 26 acusados estão presentes no plenário - dois deles não teriam comparecido por motivos de saúde. Com a dispensa de parte das testemunhas de defesa e de acusação e com a maioria dos policiais optando pelo silêncio, o julgamento deve terminar antes do previsto - inicialmente esperava-se que a decisão do júri saísse em duas semanas.
Estratégia
Nesse segundo dia de julgamento, a advogada de defesa dos PMs, Ieda Ribeiro de Souza, procurou provar a legitimidade da entrada dos policiais no Carandiru, além da tentativa de desconstruir os depoimentos da acusação. Para a promotoria, a invasão foi legítima, mas houve crime na ação. Os promotores destacaram ainda que a defesa trouxe apenas testemunhas que não viram nada do que ocorreu do lado de dentro da Casa de Detenção no dia da chacina.