Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, decretou nesta terça nova prisão temporária de Marice Correa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari
Marice, cunhada de João Vaccari: ela nega envolvimento, mas imagens de câmeras de banco mostram que ela fez vários depósitos (AE)
O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, decretou ontem nova prisão temporária de Marice Correa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari. O Ministério Público Federal havia pedido a prisão preventiva de Marice.Os procuradores alegaram que Marice mentiu durante seu depoimento prestado na última segunda-feira. Ela foi detida temporariamente por 5 dias após se entregar, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, na sexta-feira (17).“A medida oportunizará nova oitiva de Marice Correa de Lima na qual ela poderá esclarecer ou não sua participação nos depósitos em espécie realizados na conta da esposa de João Vaccari Neto e as circunstâncias que envolveram esses fatos, inclusive a identificação e a localização da fonte de recursos utilizados para os depósitos, propiciando eventual sequestro judicial que eliminaria, em substituição à preventiva, a possibilidade de reiteração delitiva”, afirmou o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato.Marice foi identificada como a pessoa que pode ter feito depósitos “picados” para o irmão e mulher de Vaccari, considerados formas de ocultar o rastreamento de dinheiro ilegal. Ouvida em Curitiba pelos investigadores da Lava Jato, Marice negou ter feito depósitos na conta da irmã, mulher de Vaccari, em 2015.Mas imagens inéditas anexadas ao processo feita por câmeras de bancos mostram que a cunhada pode ter sido a origem desses depósitos e que eles teriam continuado até março.“Não se trata de compelir à confissão, mas de conceder à investigada a oportunidade de defender-se em vista da prova nova trazida pelo Ministério Público Federal. Querendo, poderá, evidentemente, exercer o direito de ficar em silêncio”, disse Moro.A força-tarefa da Lava Jato havia identificado depósitos “picados” - no limite próximo de R$ 10 mil - que somaram R$ 322,9 mil em conta da mulher do tesoureiro do PT sem identificação do depositante. Em um único dia - 12 de dezembro de 2013 - Giselda Rousie de Lima recebeu em conta cinco depósitos, quatro deles no valor de R$ 2 mil e um de R$ 1.500. “Embora Marice não tenha sido identificada nominalmente, os vídeos apresentados não deixam qualquer margem para a dúvida de que a pessoa em questão é ela”, concluiu o juiz. Veja também Justiça nega pedido de habeas corpus a João Vaccari Neto Tesoureiro afastado do PT é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com base em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato Justiça decreta nova prisão temporária de cunhada de Vaccari Ministério Público Federal havia pedido a prisão preventiva de Marice; procuradores alegaram que ela mentiu durante seu depoimento prestado nesta segunda-feira (20), diante das autoridades Justiça nega pedido de habeas corpus a João Vaccari Neto Preso em São Paulo pela Polícia Federal, o tesoureiro afastado do PT foi levado para Curitiba no dia 15 de abril, durante a 12ª etapa da Operação Lava Jato Petrobras já deve R$ 79 bi para os bancos públicos Apesar das dificuldades (por causa da Operação Lava Jato, da queda na cotação internacional do petróleo e da alta do dólar), antes de dar calote, empresa pode ser socorrida pelo Tesouro Nacional