Uma discussão de fila preferencial quase acabou em uma agressão violenta na loja Humanitarian, no Centro de Campinas, nesta quinta-feira à tarde (7). A doméstica Patrícia Cristina Ferreira da Silva Rodrigues, de 41 anos, se irritou com o fato de uma jovem, a operadora de telemarketing Eva Monique dos Santos, de 19 anos, estar na fila e a golpeou com um canivete. A moça sofreu um corte de 15 centímetros de extensão por três de profundidade no rosto e pescoço e foi socorrida ao Hospital Irmãos Penteado onde levou 18 pontos. A briga foi apartada pelo gerente da loja. Os clientes da loja se revoltaram e quase lincharam a mulher, que foi presa em flagrante por lesão corporal.Movimento grandeSegundo uma vendedora que não quis se identificar, a loja estava movimentada e a fila comum estava longa. A jovem, que é doadora de sangue e tem carteirinha, seguiu até a fila preferencial, já que pela lei ela também tem direito ao atendimento especial. Patrícia acompanhava a mãe de 82 anos e começou a se queixar. Eva teria explicado o motivo de estar na área preferencial, mas mesmo assim a agressora não se conformou. A garota foi atacada quando já deixava o comércio. A doméstica chegou por trás e quando a jovem foi se virar para ela, recebeu o golpe no rosto. “A menina nem sentiu que estava ferida. O sangue jorrava. Foi horrível. O pessoal da loja a ajudou”, contou uma testemunha, que não quis se identificar.Um dos filhos da doméstica disse que a mãe sofre de transtornou mental e quando fica sem remédio costuma ter surtos. A mulher teria pego o canivete do filho escondido. “Ela diz que o usa para abrir portas e cadeados e até mesmo cortar frutas. Já escondi por várias vezes, mas ela acha e pega o canivete, que tenho como recordação de um amigo que foi à Suíça e me trouxe”, contou o rapaz, que não foi identificado. Patrícia foi encaminhada para a Cadeia Feminina de Paulínia. A reportagem não conseguiu localizadar a defesa da jovem. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP).