Caso ocorrido nesta terça foi registrado como crime passional pela Delegacia da Mulher
A adolescente Jenifer Cristina Silva Faria, de 18 anos, que foi morta pelo namorado, o auxiliar de produção Fabrício Vinícius Mendes de Almeida, de 25, nesta terça-feira (23), após uma discussão, conhecia-o desde criança.
Os dois se encontraram nas ruas do Jardim Refúgio e cresceram juntos. Namoravam havia quatro anos, mas colecionavam separações por causa do ciúme. O sentimento de posse era dos dois, dizem os amigos.
Caçula de seis irmãos, Fabrício era o xodó da mãe. O primo Everton Henrique de Souza, de 25 anos, era o seu melhor amigo. Os dois estiveram juntos na noite anterior ao crime, em uma pizzaria. Mas ele não chegou a falar o que faria.
A amiga com quem Jenifer estava para fugir do namorado é a vendedora Carla Fabiana Marcondes Fré, de 30 anos. Foi ela quem acordou a jovem às 6h para atender ao namorado que estava no portão chamando por ela.
“Ouvi a discussão, mas não imaginei que chegasse a esse ponto. Quando houve o tiro, vi ele saindo e corri para tentar salvá-la. Eu a encontrei deitada, lavada em sangue, tentando falar alguma coisa”, disse a vendedora.
O auxiliar de produção deu um tiro na boca da namorada com uma pistola Beretta, calibre 22. Em seguida, caminhou por volta de 50 passos e disparou contra a própria cabeça, morrendo em seguida. Ela morreu no início da tarde.
Familiares e amigos do casal demonstraram surpresa ao saber que o jovem foi até a casa da vendedora armado. A polícia investiga a origem da arma, já que a Beretta estava com a numeração raspada.
Os laudos dos Institutos de Criminalística e Médico Legal devem determinar a origem da arma e outros detalhes do crime. Mas a titular da Delegacia da Mulher, Ana Luiza Salomone, já registrou o caso como crime passional.