DENÚNCIA

Jovem diz ter sofrido queimaduras com relaxante capilar

Produto teria sido aplicado na vítima, que servia de modelo de cabelo em aula de instituto de beleza

Luís Augusto
luis.almeida@gazetaderibeirao.com.br
26/06/2013 às 12:57.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:44

Uma jovem denuncia ter sofrido queimaduras nas orelhas após a aplicação de um relaxante capilar por um funcionário de uma escola de cabeleireiros, que fica no Centro de Ribeirão Preto, na manhã desta terça-feira (25). Bruna Paula Pereira Godoy, 22 anos, participava de uma aula do instituto de cabelo como modelo de cabelo e acusa o educador Marcelo Navaja de ter sido negligente.

“Um estudante passou primeiro o produto e nada aconteceu, mas depois que o Marcelo foi aplicar novamente é que comecei a sentir a cabeça ardendo”, afirmou a vítima, que revelou ter sentido outros reflexos que podem ter sido provocados pela química. “Comecei a ter tontura, muita dor de barriga, enjoo e quase desmaiei na sala. Até os estudantes falaram para o Marcelo que tinha algo de errado, mas em nenhum momento ele se preocupou comigo e disse que tudo aquilo era normal.”

De acordo com informações do boletim de ocorrência de lesão corporal feito pela vítima, o relaxante capilar ficou na cabeça dela por 25 minutos. “O rapaz em nenhum momento se preocupou com a saúde da minha filha. Ele sumia da sala toda hora, só olhava para o cabelo e não estava nem aí com o que estava acontecendo na cabeça dela”, reclamou Maria da Graça Godoy, 58 anos, mãe da vítima.

A jovem deixou a escola e se dirigiu até a casa da avó, na Vila Virgínia, Zona Oeste da cidade. O mal estar e a ardência pioraram e a mulher procurou atendimento médico na UBDS do bairro. A vítima teve receitada uma pomada cicatrizante para utilizar no tratamento de recuperação da pele.

Marcelo Navaja informou que o produto utilizado no cabelo da jovem foi o hidróxido de cálcio e negou todas as acusações de negligência. “Esse produto é utilizado há mais de 50 anos, é facilmente encontrado no mercado e nunca teve esse tipo de problema. Uma leve irritação é normal, mas ela saiu da escola em perfeito estado”, afirmou o educador, que afirma ter certeza que a reação alérgica da vítima não foi originada no instituto. “Aplicamos o mesmo produto em outras duas modelos no mesmo dia e nada aconteceu. Além disso, antes da aplicação também passamos um creme protetor no couro cabeludo das mulheres.”

Bruna realizou exames de corpo de delito na manhã desta quarta-feira (26) para comprovação das lesões. A família promete brigar por uma punição. “Vamos buscar nossos direitos porque se não fizermos nada, isso pode acontecer com outra pessoa. Vamos processar esse pessoal pelo que fizeram com a Bruna”, disse a mãe.

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