ROCINHA

Jovem diz ter sido coagido a assumir tiro a alemão

Menor se entregou acompanhado de um homem que presta serviços sociais na comunidade

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
02/06/2013 às 17:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 13:52

Um menor que se apresentou a policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha na madrugada de sábado (1), confessou ser o autor do disparo que atingiu um turista alemão na favela, na sexta-feira passada. Porém, depois voltou atrás e disse ter sido coagido a assumir o crime. O jovem de 16 anos foi encaminhado à Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat), no Leblon (zona sul).

Segundo informações da Polícia Civil, o menor se entregou aos policiais da UPP acompanhado de um homem que presta serviços sociais na comunidade. O jovem disse ter atirado no turista, mas no depoimento ao delegado do Deat, Alexandre Braga, mudou a versão e negou a autoria do crime. O delegado avaliou que as informações iniciais do suspeito conflitavam com o depoimento do amigo do turista alemão que presenciou o crime. Ele acredita que o menor não é culpado. "Percebemos que havia discrepâncias muito grandes entre a versão do jovem e a do turista. Muito provavelmente esse jovem não foi o autor do disparo", afirmou o delegado.

O turista alemão Frank Daniel Baijaim, 25, foi baleado na tarde da última sexta-feira durante uma visita à comunidade da Rocinha. Baijaim e o amigo visitaram o Cristo Redentor e depois decidiram conhecer a favela. Por volta das 13 horas, eles foram surpreendidos por um homem armado em um beco, na localidade conhecida como Roupa Suja. Assustados, os turistas correram e o criminoso disparou.

Moradores da favela levaram o alemão até a sede da UPP e o turista foi removido para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde passou por cirurgia. O alemão sofreu lesão no tórax e no fígado, e o seu estado de saúde ainda é grave, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Baijaim está internado na unidade semi-intensiva do hospital.

A Rocinha, pacificada em setembro de 2012, tem enfrentado episódios violentos. Em primeiro de maio, um PM lotado na UPP da favela foi baleado na Rua Um, em patrulhamento. Na véspera, PMS já haviam sido atacados por traficantes e um policial foi ferido por estilhaços.

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