Legislativo

Jonas levaria vantagem na Câmara

Aliados do candidato do PSB somam 16 vereadores eleitos no domingo; Pochmann conta com 6

Correio Popular
faleconosco@rac.com.br
09/10/2012 às 10:31.
Atualizado em 26/04/2022 às 19:39

Se Jonas Donizette (PSB) vencesse hoje as eleições em Campinas, teria nas mãos praticamente a metade da Câmara — 16 vereadores, de um total de 33. A coligação de Jonas conta com oito partidos. A bancada de siglas que integram a chapa majoritária de Jonas será composta por quatro parlamentares do PSB, cinco do PSDB, dois do PPS, dois do DEM, um do PSC e um do PCdoB. A esses nomes, Jonas deverá somar um parlamentar eleito pelo PV, partido que declarou apoio ao pessebista ontem.

No caso de uma vitória de Marcio Pochmann (PT) nas urnas no próximo dia 28, o candidato enfrentaria dificuldades na Casa com apenas seis legisladores de sua base eleitos no domingo. O PT conseguiu emplacar quatro nomes. Os outros dois são do PSD, partido da vice de Pochmann, Adriana Flosi. Os indefinidos somam 11 futuros parlamentares. O comportamento da Câmara na gestão de Hélio de Oliveira Santos (PDT) foi de submissão ao Executivo. Os vereadores com cargos na Administração evitavam as tentativas da oposição, apesar de pequena, de emplacar requerimentos de informações sobre contratos ou atos da Prefeitura.

Quando o escândalo de corrupção na cidade veio à tona, em 2010, o ex-líder de governo de Hélio no Legislativo, o vereador Sérgio Benassi (PCdoB), conseguiu aprovar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) classificada de “chapa branca” pela oposição e não apontou qualquer irregularidade nos contratos da Prefeitura. Meses depois, integrantes do governo Hélio e empresários foram parar na cadeira. Só no auge da crise é que a base governista, que chegou a somar 23 vereadores, passou a trabalhar de forma mais independente.

‘Namoro’

O “namoro” daqui em diante deverá ser com PP, PTB e PMDB. Os três partidos eram aliados do prefeito Pedro Serafim (PDT), derrotado nas urnas no último domingo. Apesar das conversas já estarem adiantadas, os presidentes dos partidos na cidade preferem adotar a postura de cautela em relação aos futuros apoios. Pelas composições do PP no Estado, a inclinação em Campinas seria de um apoio a Pochmann. Na Capital, o presidente do partido, Paulo Maluf (PP), declarou apoio a Fernando Haddad (PT). Apesar do desenho da coligação paulistana, os dois partidos em Campinas devem acertar as arestas antes de declarar o apoio.

O presidente do PP de Campinas, o vereador Rafael Zimbaldi, disse que a situação em Campinas não tem definição com base na aliança feita na Capital. “São conversas independentes. Vamos ver com os outros vereadores da bancada eleita qual a melhor postura a ser adotada no município”, disse.

A legenda que dividia a chapa majoritária de Serafim, o PMDB, deixou de ter cinco vereadores e soma a partir de 2013 apenas dois parlamentares. A definição sobre o apoio deverá sair na próxima semana, segundo o vereador Dário Saadi (PMDB), ex-candidato a vice. O peemedebista não adiantou, no entanto, qual será a postura da sigla.

O mesmo ocorre com o PTB. O presidente do partido em Campinas, o vereador Jorge Schneider, reeleito para o próximo mandato, disse que existem pontos dentro do programa de governo das duas coligações que se enfrentam no segundo turno que devem ser debatidos antes dos petebistas aceitarem uma aliança. Além de Schneider, o PTB também emplacou a reeleição de Thiago Ferrari, atual presidente da Câmara.

Candidatos

“No meu governo, a Câmara não vai ser um ‘puxadinho’ da Prefeitura”, disse Pochmann. Ele afirmou que, se eleito, defenderá uma Câmara independente. “Eu espero que os poderes Executivo e Legislativo funcionem de uma forma republicana. Não me preocupo com a aprovação de projetos importantes para a cidade, acho que o papel do vereador é aprovar aquilo que a sociedade deseja”, disse.

Jonas disse que quer uma relação de harmonia com a Câmara. O candidato atualmente possui uma situação mais confortável no Legislativo diante da nova composição, mas afirmou que pretende estabelecer uma relação de independência com os vereadores. “Claro, ter um base é importante, mas queremos a relação independente. Vamos ouvir a demanda dos parlamentares”, disse.

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