CONFRONTO

Jonas e Pochmann partem para o fogo cruzado em debate

Candidatos acirram discurso; pedágio e apoios foram alguns dos temas polêmicos

Natan Dias
19/10/2012 às 09:22.
Atualizado em 26/04/2022 às 20:17

Os dois candidatos a prefeito de Campinas se enfrentaram ontem no primeiro debate na televisão promovido pela Band. O embate entre o deputado federal Jonas Donizette (PSB) e o economista Marcio Pochmann (PT) teve início às 22h40 e foi quente. Tecnicamente empatados na última pesquisa Ibope de intenção de voto, os dois partiram para cima com ataques logo no início. Até mesmo a discussão das promessas de campanha foram alvo de críticas entre os dois.

No primeiro bloco, Pochmann atacou o PSDB, principal aliado de Jonas, e disse que a Administração tucana trouxe atrasos para Campinas. O deputado retrucou e apontou a aliança entre PDT e PT como a mesma dobradinha da qual “Campinas não tem saudade”. “Essa é a coligação Hélio e Demétrio.”

O petista foi provocado com referência à “fabricação” de sua candidatura para concorrer à Prefeitura. Em resposta, o petista o chamou de “arrogante”. “Não estou na política por profissão como o senhor, mas por vocação”, retrucou Pochmann.

Jonas acusou o petista de querer eliminar a Secretaria de Esportes e querer administrar a Campinas como se fosse “pequena”. A mesma acusação foi feita por Pochmann a ele. “O candidato parou no tempo. Acredita que Campinas tem 40 mil habitantes e está no século 19.” “É muita tecnocracia. Vivo a cidade e conheço o povo. Gostaria de saber o que o senhor já trouxe de recursos para Campinas”, retrucou Jonas.

No fechamento do bloco, Pochmann desafiou o eleitor a comparar biografias. “O senhor não tem experiência administrativa nenhuma. Discurso na Câmara não enche a barriga de ninguém.” O segundo bloco também foi quente, com mais acusações do petista contra o pessebista, sobre a “privatização” da Saúde. “Quando a pessoa não tem conteúdo, inventa mentiras”, respondeu Jonas. Em seguida, Pochmann teve a réplica. “Estamos vendo o candidato que agride e o que tem propostas.” Ambos prometeram soluções para o setor.

Em seguida, Jonas perguntou quais eram as propostas para a água. Pochmann atacou o governo estadual, mas provocou novamente o pessebista: “O candidato achou que ia ganhar no primeiro turno. Já estava escolhendo secretário. Sentou na cadeira antes de ser prefeito.”

Jonas disse que disputa o segundo turno com humildade e pediu para que o petista parasse de atacá-lo.

Pochmann voltou a questionar se terá ou não pedágio em Campinas. O pessebista afirmou que não e acusou a Administração do PT de ser a responsável pela indústria da multa na cidade. 'O seu partido trouxe a Engebras, empresa condenada em todo o Brasil. As multas subiram. Vamos acabar com a indústria da multa empinas.' O petista apontou a postura de Jonas como 'soberba' . 'Minha postura é para resolver os problemas da população. Ao contrário do que ele diz, vai ter pedágio.' Jonas voltou a negar.

No terceiro bloco, os dois mudaram a postura. Responderam às perguntas dos eleitores que foram escolhidas pela equipe da TV e evitaram os ataques pessoais. No quarto, responderam aos questionamentos dos jornalistas e, depois, fizeram as considerações finais.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por