FAVORÁVEIS

Jogadores do Guarani defendem manifestações

Atletas bugrinos aprovam as passeatas que estão sendo realizadas pelo Brasil desde que sejam pacíficas

Carlos Rodrigues
carlos.rodrigues@rac.com.br
21/06/2013 às 21:57.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:28

A onda de manifestações pelo País nos últimos dias virou assunto obrigatório em todos os lugares e rodas de conversa. No futebol, o tema não passou batido. No dia seguinte aos protestos que reuniram cerca de 35 mil pessoas em Campinas — segundo estimativas da Polícia Militar —, a reportagem do Correio Popular ouviu alguns jogadores do Guarani sobre tudo o que tem acontecido em solo brasileiro. E, diferente daqueles que pensam que futebol não se mistura com política, os atletas mostraram-se totalmente favoráveis às manifestações, desde que sejam realizadas de forma pacífica.

“Acho que é uma atitude válida. O povo brasileiro paga seus impostos e está no direito de protestar e cobrar, mas desde que o protesto seja pacífico, sem agressões ou vandalismo, como tem acontecido em muitos lugares”, afirma o volante Edmilson.

“Todos querem ver um Brasil melhor. Hoje vemos que falta investimento na educação, os hospitais estão completamente lotados, é algo muito triste. O pessoal está certo, tem que protestar mesmo, mas sem destruir a cidade. São vândalos, pessoas infiltradas ali no meio e que fazem essas coisas”, completa o goleiro Juliano.

Uma das maiores reclamações diz respeito aos gastos abusivos para a realização da Copa do Mundo no ano que vem, o que também foi lembrado pelos jogadores. “Fizeram um investimento alto no futebol e, já que fizeram isso, cabe a nós cobrarmos investimento em outras áreas, como a educação, saúde e segurança. Futebol é bom, é uma paixão nacional, mas temos que ver que outras coisas também são prioridade. Vemos muitas coisas erradas, principalmente a corrupção, mas uma pessoa só não vai resolver. Acredito que juntando todo o Brasil e mobilizando as pessoas, as coisas vão melhorar”, destaca o meia Ewerton Maradona.

“Por tudo o que o nosso País está passando, acho justo esse tipo de manifestação. O povo tem que protestar, lutar por seus direitos. Não há revolução sem protestos, só assim podemos pensar que as coisas serão diferentes”, lembra o zagueiro Julio Cesar.

O movimento também conta com o apoio do técnico Tarcísio Pugliese. Ele lembra, no entanto, que falta um foco definido. “Costumeiramente, o povo brasileiro é muito passivo e acho importante essa manifestação, mas acho que deveria haver uma bandeira definida. Se protesta muito, por vários motivos e aí não acaba se resolvendo nada. Se houvesse alguma coisa definida, creio que os resultados seriam muito melhores”.

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