Convenção da Diversidade Biológica discute implementação das decisões tomadas há 2 anos para a proteção da biodiversidade
Fonte: Agência Estado
Na abertura da 11.ª conferência das partes da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) exigiu que os grandes planos para conter a extinção de espécies pelo mundo se tornem grandes ações imediatas. O encontro internacional discute a implementação das decisões tomadas na última reunião, há dois anos, na cidade japonesa de Nagoya.
A CDB é o segundo encontro internacional importante após a realização da Rio+20, em junho, no Brasil - no início de setembro, a IUCN já havia organizado o Congresso Mundial para a Conservação, na Coreia do Sul.
Lista vermelha
A entidade, que mantém uma lista de animais e plantas ameaçados de extinção (IUCN Red List of Threatened Species), diz que quase um terço das 63.837 espécies avaliadas corre risco - 41% dos anfíbios, 33% da fauna e flora que formam recifes de coral, 25% dos mamíferos e 13% das aves, além de 30% das árvores coníferas.
Secretário executivo da convenção, o brasileiro Braulio Dias diz que é difícil detalhar nos orçamentos de outros órgãos o quanto de suas ações contribuem para conservação, uso sustentável e recuperação da biodiversidade. "Tudo que o Instituto Chico Mendes faz, por exemplo, está relacionado à implementação da agenda de biodiversidade. Mas essa agenda e as metas de Aichi extrapolam as competências dos Ministérios de Meio Ambiente", diz o biólogo. "Então, é preciso olhar as atividades de outros ministérios, no setor agrícola, de saúde, de energia, etc."