Aumento será com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cerca de 6%
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Campinas terá aumento proporcional à inflação no ano que vem. O secretário de Finanças do município, Hamilton Bernardes, afirmou que o prefeito Jonas Donizette (PSB) vetou qualquer reajuste de valor que ficasse acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em 2013 não passará de 6%. Ainda segundo Bernardes, técnicos da pasta solicitaram reajuste no valor venal dos imóveis de alguns bairros, mas o pedido foi negado. No início do ano, a distribuição dos carnês e o pagamento do IPTU foram cercados de polêmicas. A Administração emitiu cerca de 11 mil carnês sem o desconto de 4% sobre o valor da cota única e das parcelas, oferecido aos contribuintes que fizeram o pagamento em dia no ano passado. Os documentos tiveram que ser cancelados e novos boletos foram emitidos, com data prorrogada de pagamento. O problema teria ocorrido devido a uma falha no processamento dos carnês. DecretoAlém disso, novas tarifas foram aplicadas em 15 bairros, onde os valores chegaram a triplicar. O reajuste foi considerado ilegal por juristas, por não ter passado em votação pela Câmara, e acabou vetado por Jonas. O aumento tinha sido aprovado por decreto no final de 2012 pela administração do então prefeito Pedro Serafim (PDT). "Administração agora está trabalhando para fazer a justiça tributária, que é cobrar os valores de quem deve muito na cidade. E não aumentar o imposto de quem paga em dia e tem menos dinheiro" , explicou Bernardes. No final do ano passado, a Associação de Auditores Fiscais de Campinas (Afiscamp) afirmou que o reajuste do imposto de cerca de 50 mil imóveis havia sido feito após análises de engenheiros e que os valores estariam extremamente defasados. De acordo com a Afiscamp, a cidade perdeu R$ 20 milhões em arrecadação com a suspensão do aumento este ano.