UNICAMP

Invasores decidem hoje se desocupam reitoria

Após 13 dias, universitários têm assembleia para discutir temas debatidos com reitoria

Luciana Félix
16/10/2013 às 08:42.
Atualizado em 26/04/2022 às 04:09
Estudantes em frente ao prédio ocupado da reitoria da Unicamp (Cesar Rodrigues/AAN)

Estudantes em frente ao prédio ocupado da reitoria da Unicamp (Cesar Rodrigues/AAN)

Os estudantes que ocupam a reitoria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) há 13 dias decidem nesta quarta-feira (16) se deixam o prédio administrativo. Uma assembleia está marcada para o meio-dia, em frente ao prédio invadido. Representantes do movimento vão apresentar as propostas da universidade definidas na última reunião, que durou mais de seis horas na sexta-feira (11) da semana passada com a administração. Entre as propostas a Unicamp descartou definitivamente a presença Polícia Militar (PM) nos campi. Porém, os estudantes ainda reclamam de uma posição mais segura da universidade para garantir que não haja uma sindicância que apure e puna os responsáveis pela festa que ocorreu no dia 21 de setembro e na qual o estudante Denis Papa Casagrande foi morto com uma facada. Nesta terça-feira (15), cerca de 70 estudantes da universidade foram para São Paulo, onde participaram de uma manifestação com estudantes da Universidade de São Paulo (USP) contra a política educacional do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Desde o começo desta semana, os alunos fizeram diversas reuniões nos institutos para discutirem a carta de negociação com a reitoria. “Tentamos fazer uma nova reunião de negociação hoje (terça-feira) com representantes da reitoria. Mas eles se recusaram e alegaram que era necessário fazermos a nossa com os estudantes. Nós tentamos adiantar algumas coisas que ainda não ficaram claras antes de apresentar a todos. Entre elas está a responsabilidade da festa do dia 21. Não queremos que ninguém seja punido pelo que aconteceu. Mas já avançamos em relação à PM no campus”, afirmou Carolina Filho, coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE). A proposta de um convênio com a PM foi lançada pelo governador cinco dias após a morte do estudante em uma festa clandestina no Ciclo Básico. Em entrevista coletiva no dia 27, a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, Teresa Atvars, chegou a anunciar que havia iniciado um planejamento junto a PM para oficializar como seria sua atuação no campus. Em entrevista exclusiva ao Correio, na última quinta-feira (10), o reitor José Tadeu Jorge contradisse o anúncio e ressaltou que não há convênio com a polícia, nem a necessidade de rondas na instituição. Ele afirmou que sempre manteve o diálogo com os estudantes. Veja também Segurança 'humanizada' é apontada como prioridade Após negativa da reitoria em permitir a PM no campus, comunidade busca novas alternativas Situação na Unicamp é tranquila, mas ocupação continua Para a Polícia Militar, Unicamp é mais um bairro Comandante diz que, se for acionada, polícia vai trabalhar no campus como no resto da cidade  

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