Campanha na internet busca recursos e doações para que projeto possa sair do papel
Abayomi e Raquel (à frente) estão hoje no zoo de Paulínia (Divulgação)
Uma área específica para tratar animais vítimas de traumas e treiná-los para voltar para a natureza selvagem será criada na Região Metropolitana de Campinas (RMC). A instalação do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), pioneiro na região, é uma iniciativa do Corredor das Onças, projeto do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e está sendo viabilizada por diversas parcerias. O Projeto Abayomi — nome emprestado de um filhote de onça encontrado após a morte da mãe —, porém, ainda depende de recursos para ser concretizada.
O centro vai funcionar em um terreno de quatro hectares doado pela Prefeitura de Artur Nogueira e o ICMBio lançou uma campanha para arrecadar os R$ 165 mil necessários para a adaptação do local. Um dos primeiros moradores será justamente Abayomi, o filhote de três meses e meio órfão de uma suçuarana que morreu após ser capturada em um galinheiro, no último mês de novembro, em Campinas.
A analista ambiental do ICMBio, Márcia Rodrigues, conta que Abayomi e Raquel, uma oncinha fêmea de 5 meses resgatada em um canavial de Capivari, serão treinados para caçar e sobreviver sozinhos por cerca de oito meses, até serem soltos em uma área de conservação protegida. “O objetivo é que eles desassociem o ser humano como amigo e voltem para a natureza”, explica Márcia. O treinamento e o monitoramento dos filhotes será feito pelo Corredor das Onças e pelo Centro de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do ICMBio.
O recinto será cercado e terá acompanhamento on-line. As pessoas que fizerem doações poderão acompanhar todo o projeto e ver os felinos ao vivo pela internet. A campanha de arrecadação contará com um blog, que será lançado nos próximos dias, e já tem uma comunidade no Facebook, por onde também podem ser feitas as doações. Outra forma de contribuir é por depósito bancário.
Além do ICMBio e da Prefeitura de Artur Nogueira, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) e o Zoo de Paulínia são parceiros no projeto. A Fundag fará a gestão dos recursos captados e contratará a construção do recinto e o zoológico disponibilizou uma área provisória para Abayomi e Raquel ficarem até que o centro entre em funcionamento.
Como participar
Pela internet:
http://www.facebook.com/pages/Projeto-Abayomi/128139320692951.
Depósito bancário:
Há uma conta aberta só para o projeto, em nome da Fundag, no Banco do Brasil, agência 3360-X, conta corrente 2531-3, CNPJ 61.705.380/0001-54.