SAÚDE

Insumo para tratamento de câncer é normalizado

No início do mês, pacientes não puderam fazer diagnóstico de doenças nem continuar o tratamento por causa da falta de radiofármacos nos hospitais

Agência Brasil
23/06/2015 às 15:25.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:39
Tratamento de pacientes do Hospital de Câncer de Barretos é afetado pela falta de material radioativo (  Cedoc/RAC)

Tratamento de pacientes do Hospital de Câncer de Barretos é afetado pela falta de material radioativo ( Cedoc/RAC)

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, responsável pela produção da maioria dos radiofármacos utilizada no país, regularizou hoje (23) o fornecimento de radioisótopos usados como matéria-prima na medicina nuclear. No início do mês, pacientes não puderam fazer diagnóstico de doenças nem continuar o tratamento por causa da falta de radiofármacos nos hospitais.A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear acha que, apesar da regularização da remessa de radiofármacos, a situação é frágil e requer atenção. Em nota, a associação alertou que a dependência do Brasil por insumos radioativos importados é um problema que precisa ser solucionado, visto que há número limitado de fornecedores de radioisótopos dos quais o país pode comprar. Causas A associação cita a alta do dólar, o aumento dos custos dos insumos importados, bem como o corte do orçamento para a produção de radiofármacos como obstáculos para a aquisição de insumos e a manutenção da produção, de maneira regular a distribuição, como tem ocorrido nos últimos 30 anos.O governo brasileiro tem como meta de longo prazo, para a autonomia de produção de radiofármacos, a criação do Reator Multipropósito Brasileiro. Além de ampliar a produção de material e técnicas nucleares, gerando benefício na área da saúde, o reator vai produzir isótopos radioativos que servirão de insumo para produtos com aplicação na indústria. Licença Serão usados também na proteção do meio ambiente, na agricultura e no desenvolvido da capacidade técnica e continuada na formação de pessoal especializado.Em maio, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis emitiu licença prévia para a construção do reator. O empreendimento foi integrado ao Plano de Aceleração do Crescimento e tem previsão para começar a operar em aproximadamente quatro anos.

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