RECUPERAÇÃO

Instituição criará o mouse acionado pelo pé

História dos primos que foram eletrocutados e perderam braços comoveu pesquisadores, que devem fazer um mouse acionado pelos pés

Gustavo Abdel
igpaulista@rac.com.br
13/04/2015 às 10:09.
Atualizado em 27/04/2022 às 12:42

A comovente história dos primos de 9 e 14 anos que perderam os braços ao tentarem resgatar uma pipa, em janeiro desse ano no bairro Padre Anchieta, sensibilizou a direção de uma instituição de Campinas voltada ao desenvolvimento de tecnologias com foco na inclusão social, que se propôs a desenvolver gratuitamente um mecanismo chamado “mouse de pé” para facilitar os estudos e a vida dos meninos.O mais novo, Samuel Oliveira da Silva, já está em sua casa, em Taboão da Serra e sua foto publicada na edição do dia 27 de março no Correio Popular — onde o mostra na escola mexendo em um notebook com os pés — foi decisiva para que o Instituto CTC entrasse em contato com a reportagem e posteriormente com as famílias dos primos para propor a ajuda aos dois.O presidente do instituto, Antonio Marcos Ferraz de Campos, disse que junto a um parceiro tecnológico, o acessório denominado mouse de pé, que será desenvolvido sob medida para os primos, poderá ajudá-los a ter mais qualidade de manejo do computador portátil. “Poderíamos estudar, desenvolver, montar e fornecer, sem nenhum ônus, um acessório que poderia ajudá-los na inclusão. Recentemente, tecnologia semelhante foi desenvolvida em parceria tecnológica com o Laboratório de Sistemas Integráveis da USP (Universidade de São Paulo) e um garoto com paralisia, em Praia Grande, foi beneficiado com um mouse de pé”, relatou o diretor. Não existem protótipos prontos do mouse de pé, segundo Campos.O sócio-diretor do instituto Marco Antonio Pellegrini foi quem trabalhou diretamente no desenvolvimento e adaptação do mouse ao rapaz do Litoral. Marcos é secretário adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.“Estamos em conversação com a diretoria da ETEC Rosa Perrone, de Itatiba, para fazer uma parceria com a instituição. Com isso pretendemos ter alunos envolvidos no projeto e quem sabe, futuramente, poder oferecer o mouse de pé para mais pessoas”, explicou o presidente.“Para o Samuel toda ajuda é muito bem-vinda. A escola está dando um super apoio, e já adaptou algumas coisas para facilitar a rotina dele, como suporte para livros, um capacete para ele poder digitar e um computador com programa que segue comando de voz”, contou a mãe de Samuel, Michelle Francisca, de 31 anos.A família de Thiago de Oliveira Ferreira também expressou gratidão pela ajuda oferecida pela instituto, e torce para que o adolescente retorne o mais breve para casa. Ele ficou quatro meses internado no Hospital Estadual de Bauru, cidade onde provisoriamente seus pais também estavam vivendo. CasoAmigos e parentes relataram que no dia do acidente, ocorrido em 9 de janeiro, a pipa ficou presa na rede elétrica e os meninos usaram uma barra de ferro para tentar soltar o brinquedo quando receberam o choque. Eles subiram no parapeito de ferro de uma casa e Thiago de Oliveira Ferreira, segurou o menor para que ele alcançasse a pipa com a barra. A fiação estava encoberta com a folhagem de um coqueiro. Quando o objeto de ferro encostou na rede, o menor recebeu o tranco e a descarga atingiu também o mais velho, que além dos braços, teve ferimentos na região genital, mas o órgão não foi comprometido. LEIA MAIS NA PÁGINA A15

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