Vencedor do processo licitatório terá 360 dias para executar o projeto no terminal
O presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Gustavo Vale, assinou nesta sexta-feira (5) ordem de serviço para a obra de ampliação do aeroporto de São José dos Campos. O investimento é de R$ 16,6 milhões, segundo informou a empresa.
O consórcio Tecman/MPE foi o vencedor do processo licitatório, realizado por meio do Regime Diferenciado de Contratações, terá 360 dias para executar o projeto de ampliação do terminal aeroportuário.
A ampliação irá triplicar a capacidade do aeroporto, que atualmente é de cerca de 190 mil passageiros/ano. A atual estrutura, de 864 metros quadrados, dará lugar a um terminal de 5 mil metros quadrados.
As principais mudanças do projeto são: ampliação do estacionamento para 350 vagas; implantação de 14 guichês de check-in, com esteiras de despacho de bagagens; esteira de bagagem para desembarque; três canais de inspeção de raio X (hoje há apenas um, causando filas); ampliação de áreas comerciais ; banheiros no embarque e no desembarque.
A ampliação irá permitir que o terminal passe a ter capacidade para receber três voos simultâneos (hoje só consegue receber um voo por vez no pátio, com intervalo mínimo de 40 minutos entre os voos).
Atualmente, duas companhias operam no terminal, a Azul e a Trip, com voos para Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte e Curitiba.
Usuários do aeroporto reclamam que o terminal é acanhado e também da falta de banheiro na área de embarque. “Se a gente tiver necessidade de ir ao banheiro na área de embarque é necessário sair e depois enfrentar toda a burocracia de embarque para voltar para a sala”, reclamou um usuário.
Para o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), de São José dos Campos, Felipe Cury, a ampliação do aeroporto é um paliativo, mas não a solução ideal. “É uma obra necessária, mas o ideal é construir um novo terminal voltado para o outro lado da pista do aeroporto”, afirmou Cury.
O plano inicial é construir um aeroporto-indústria, para movimentar o terminal de cargas do aeroporto. Esse projeto ainda depende de entendimentos entre a Infraero e o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), proprietário das terras onde está o aeroporto.