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Informática na roupa e em acessórios

Óculos, pulseiras e relógios conectados à rede e ao corpo fazem parte do movimento da autoquantificação medição individual dos dados do usuário

France Press
correiopontocom@rac.com.br
16/07/2013 às 09:44.
Atualizado em 25/04/2022 às 08:44

Andar na moda ganhou um sentido completamente novo com a transformação de óculos, pulseiras e relógios em pequenos computadores portáteis, conectados ao corpo e com a internet. A popularidade do computador “portátil” como acessório de vestuário vem do movimento da “autoquantificação”, que consiste na medição individual dos dados relacionados com o próprio corpo, desde a qualidade e duração do sono até a quantidade de calorias queimadas na academia.

“Estamos entrando na era da informática no vestuário”, explicou Van Baker, analista de tecnologia no instituto de pesquisa Gartner. “As pessoas vão se deslocar com dispositivos pessoais em contato com o corpo e terão ferramentas que se comunicam entre si e com a internet”.

O movimento encontrou um habitat natural nas academias, com gadgets como as pulseiras Jawbone UP, Nike FuelBand e Fitbit, que utilizam sensores para detectar o menor movimento do corpo e enviar a informação recolhida para celulares ou tablets, onde aplicativos processam e analisam os dados.

A empresa Jawbone, com sede em São Francisco, se lançou no mercado de informática “móvel” há vários anos com a introdução de minicomputadores em fones de ouvido e microfones para smartphones.

A companhia se expandiu com a compra da BodyMedia, fabricante de pulseiras que registram em tempo real as calorias queimadas. Esse bracelete é utilizado em um reality show da TV norte-americana em que participantes com sobrepeso devem emagrecer o máximo possível.

“Há um grande desejo entre os consumidores por dados pessoais e pelo descobrimento de si mesmos, e a demanda continuará crescendo”, disse Hosain Rahman, proprietário e fundador da Jawbone.

Atividade

Um estudo realizado pelo instituto Forrester Research no início de 2013 nos Estados Unidos revelou que 6% dos adultos usam um bracelete para registrar seu rendimento esportivo, enquanto 5% utiliza um aparelho para analisar sua atividade física diária ou seu sono.

Cerca de 30 milhões de dispositivos “móveis” serão vendidos em todo o mundo neste ano, segundo Forrester. Mas a academia não é o único lugar onde o vestuário tecnológico está em alta. Hoje em dia há dispositivos capazes de recomendar ao usuário um filme baseado em seu humor.

“É simplesmente incrível. O futuro parece emocionante”, afirmou o professor Asim Smailagic, diretor de um laboratório de pesquisa de informática para vestuário da Universidade Carnegie Mellon (Pensilvânia).

Smailagic começou suas pesquisas há 25 anos, sobretudo em projetos de capacetes inteligentes para o pessoal responsável pela manutenção de aeronaves.

Segundo ele, o aparecimento de sensores de movimento e de som muito sofisticados e de baixo custo, assim como do GPS e aplicativos desenvolvidos para celulares cada vez mais potentes, abriu caminho para uma ampla democratização da informática no vestuário.

Esses computadores “podem ajudar o usuário quando ele precisar. E todo mundo gosta de receber o tipo de informação que podem oferecer”, disse.

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