CUSTO DE VIDA

Inflação em Ribeirão Preto fica estável em agosto

Índice pela Acirp e Fipe apresenta crescimento insignificante, ma leite e pão francês são candidatos a vilão do aumento de preço

Guto Silveira
12/09/2013 às 08:31.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:13

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de agosto registrou o insignificante aumento de 0,07%, de acordo com levantamento da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Os grupos alimentação, com alta de 0,274%, e vestuário, com 0,290% colaboraram para o pequeno crescimento do índice, enquanto outros grupos praticamente não se movimentaram ou tiveram variação negativa.Na alimentação, a preocupação fica com o leite, com aumento de 2,94% no mês, e o pão francês, com 1,58%, em função do peso dos dois alimentos no orçamento familiar. O maior reajuste do período, no entanto, ficou com o pimentão, com elevação de 22,85%, seguido pelo tomate, que chegou a 8,10% de aumento. Uva também teve elevação de 7,49%. Cebola, com redução de preço de 37,75%, e batata, -18,49, puxaram o índice para baixo. Segundo Fred Guimarães, economista da Acirp e um dos responsáveis pela pesquisa, apesar dos aumentos elevados de pimentão e tomate, essa elevação ocorre em função da sazonalidade dos hortifrutigranjeiros e por promoções em função da concorrência acirrada, não representando muita diferença no item. “Já o leite e o pão francês são alimentos básicos e dependem do mercado internacional”, disse. Outra preocupação do economista é com passagens aéreas, que subiram 5,99% em agosto, mas que tem apresentado grande variação de preços. Ainda na lista de produtos que podem elevar os índices nos próximos meses estão os combustíveis, já que a Petrobrás opera com defasagem nos preços e há pressão de investidores por reajuste, ao mesmo tempo em que a safra do etanol se aproxima do final. “Como em agosto, acredito que setembro terá também variação pequena, mas dependemos do comportamento dos combustíveis, que podem sofrer aumento, impactar nos fretes e, logo, nos preços finais dos produtos”, afirmou o economista. “Os combustíveis passam a ser os fiéis da balança, enquanto leite e pão francês soa fortes candidatos a vilões dos índices”.

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