XEQUE-MATE

Inevitável

Milene Moreto
13/06/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 10:48
Milene Moreto ( Cedoc/RAC)

Milene Moreto ( Cedoc/RAC)

O delegado da Polícia Federal em Curitiba Igor Romário, disse ser “inevitável” que o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu preste depoimento para explicar o recebimento de R$ 844 mil por parte da empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato. Dirceu ainda tem muitas questões para esclarecer. Além deste recebimento específico, quem sabe o ex-ministro não resolva falar sobre outras situações, como o possível lobby que teria ocorrido em favor de um empresário de Campinas. EsclarecimentosA empresa de tecnologia Eletronet foi a responsável pela rede de fibra ótica utilizada pelo governo federal para viabilizar o Plano Nacional da Banda Larga. O suspeito de ser o principal lobista deste contrato é o próprio Dirceu. A ramificaçao campineira do caso veio à tona quando circulou a informação de que o empresário Ítalo Barioni, dono da Contem, também foi um dos sócios da Eletronet e, mais tarde, verdeu parte das ações por R$ 1,00 para um empresário que passaria a ser seu sócio na mesma empresa.FraseLembro que na campanha de 1989, a gente vendia camiseta, vendia até adesivo de carro para o segundo turno. Os tempos mudaram. (Do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao tentar incentivar a doação dos militantes para as campanhas do partido). LobbyEntre 2007 e 2009 uma empresa de propriedade de Barioni e Nelson dos Santos que comprou dele as ações da Eletronet, contratou o ex-ministro por R$ 620 mil. Na época, Dirceu e os empresários afirmaram que o dinheiro não foi pago para lobby e, sim, para uma consultoria. Caso SanasaO empresário campineiro chegou a ser citado nas investigações do Caso Sanasa, quando foi flagrado em grampos telefônicos feitos pelo Ministério Público na apuração que desvendou o esquema de corrupção que levou à cassação do então prefeito Hélio de Oliveira Santos e todo o núcleo político que o cercava. EspeculouNa época ele foi chamado para depor no Ministério Público por ter especulado sobre a delação premiada feita pelo ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino. CadeadosFunciona assim no Brasil, quando uma proposta é analisada pelos parlamentares e o projeto causa alguma polêmica, a primeira decisão que os representantes da população tomam é fechar as portas e impedir que o brasileiro participe do debate e das decisões. O gesto não é nada democratico. Desta vez foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quem decidiu recorrer ao cadeado para impedir que a sociedade participe da discussão do projeto que reduz a maioridade penal. FechadinhaCunha afirmou em entrevista a rádio Eldorado ontem que a sessão para a análise da matéria na Comissão Especial será realizada a portas fechadas. Visita relâmpagoO governador Geraldo Alckmin (PSDB) passou rapidamente por Campinas na manhã de ontem. Acompanhado do prefeito Jonas Donizette (PSB), o governdor visitou a nova unidade do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran), instalada no Campinas Shopping. InauguraçãoSegundo o diretor, Daniel Annenberg, a visita marcou oficialmente a abertura do posto, inaugurado no mês passado. Depois da inauguração, Jonas e Alckmin tomaram um café numa padaria. Eu divulgueiO vereador Jorge Schneider (PTB) negou ontem que fez a reunião para tratar da emenda anti-ideologia de gênero na surdina. Ele disse que divulgou amplamente nas redes sociais e que só não viu quem não teve interesse. O parlamentar, inclusive, disse que está montando um dossiê para demonstrar que a coluna está sendo parcial sobre o caso. O vereador, que defende a emenda anti-gênero fez declarações durante uma das sessões, que foram consideradas homofóbicas.Colaborou Bruno Bacchetti/AAN.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por