Será usado para revisão de conteúdo, que reúne as questões dos exames organizados pelo instituto
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), vai construir, por R$ 15 2 milhões, uma espécie de ‘bunker’ de segurança que será dedicado à elaboração de questões e avaliações, como Enem, Prova Brasil e Sistema de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). A caixa-forte deve ficar pronta em março de 2014. O local será usado para análise e revisão de conteúdo do Banco Nacional de Itens, que reúne as questões dos exames organizados pelo instituto. O objetivo é garantir a segurança dos processos e aprimorar a produção dos itens. O Inep tem um histórico de problemas nas avaliações. Em 2009, a prova do Enem chegou a ser furtada da gráfica - o material foi oferecido à reportagem do Estado, que avisou o MEC e o exame foi cancelado. Itens da prova de 2011 ainda vazaram para alunos de um colégio privado de Fortaleza, o que resultou na anulação de 14 questões de 1.139 estudantes. A estrutura do bunker, com 988 m² e 24 ambientes, incluirá acesso restrito. O projeto, cujo edital está aberto, prevê sistema de monitoramento com 101 câmeras, controle de entrada por leitura biométrica e escaneamento de objetos. O espaço será construído na nova sede do instituto, no Setor de Indústrias Gráficas, em Brasília. GrávidasO Ministério da Educação vai acompanhar de perto 517 candidatas do Enem grávidas, com previsão de dar à luz nos dias próximos à prova, que será aplicada em 26 e 27 de outubro. No total, mais de 6 mil gestantes se inscreveram para a edição deste ano - 3.108 devem dar à luz no mês do exame. Em 2012, a candidata Pâmela de Oliveira Lescano, de 17 anos, teve o bebê na escola onde fazia a prova em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul. O parto foi feito no próprio local, com a ajuda de uma auxiliar de enfermagem que aplicava a prova, e depois a jovem foi encaminhada ao hospital da cidade. “Estamos montando uma estrutura de saúde para dar o suporte necessário”, garantiu nesta quinta-feira, 05, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O MEC também informou que dará atenção especial a cerca de 70 mil candidatos com deficiências físicas ou mentais. Quem declarou cegueira ou deficiência visual terá direito a ledores e provas adaptadas, com letras maiores, ou em Braille. Inscritos com surdez ou deficiência auditiva serão acompanhados por tradutores-intérpretes de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) ou leitura labial. Transcritores e ledores também serão oferecidos para candidatos com deficiência física, autismo, dislexia, déficit de atenção, além de idosos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.