CENÁRIO

Índice de expectativa de empresários cai 11,9%

Falta de melhores perspectivas foi um dos fatores citados para justificar a redução; inflação também ajudou na queda

Guto Silveira
23/07/2013 às 20:38.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:50

O índice de expectativa dos empresários de Ribeirão Preto na economia caiu de 77,8% em junho do ano passado para 65,9% no mesmo período deste ano, de acordo com pesquisa feita pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto. O levantamento, feito a cada três meses apresentou a maior queda dos últimos quatro anos. Se o resultado for comparado com março deste ano, a queda é ainda maior, de 13,5%, caindo do patamar de 79,4%. Os empresários apresentaram como fatores para a redução de expectativa a falta de melhores perspectivas para a situação da economia, tanto em percepções correntes quanto em condições futuras. Coordenada pelo economista Fred Guimarães, da Acirp, a pesquisa mostrou que a queda na confiança nos fundamentos da economia “capitaneou” a redução do indicador. Segundo o economista, “houve impacto negativo moderado nos resultados de faturamento das empresas e dos setores analisados nos últimos seis meses”. O fator positivo foi a inexistência de modificação no quadro de geração de empregos. “Isso significa que embora haja percepção de piora da economia, as empresas continuam mantendo seus funcionários”, aponta Fred Guimarães. O levantamento também apurou que não há confiança no futuro. “A avaliação dos empresários é de continuidade da deterioração na confiança nos fundamentos da economia, queda mais acentuada do faturamento das empresas e dos setores, possibilidade de redução da geração de vagas de emprego e perda de parte das existentes atualmente e paralisação dos investimentos planejados”. FatoresVários fatores levaram os empresários a reduzirem seus índices de expectativa, entre eles o ambiente interno conturbado, aumento da inflação em 2013, queda de consumo, aumento de juros, carga tributária elevada, falta de melhores condições estruturais, dificuldade de se conseguir mão de obra adequada e recessão externa. Para Fred Guimarães, caso não ocorram mudanças profundas nos parâmetros econômicos vigentes, é grande a possibilidade que o índice de expectativa se reduza ainda mais nos próximos levantamentos. A pesquisa é realizada a cada 90 dias (março, junho, setembro e dezembro), com pesquisa de campo onde os empresários são ouvidos. No levantamento divulgado nesta terça-feira (23), foram colhidos dados de 153 empresas de vários setores.

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