Brasileiros deveriam celebrar neste sábado a independência do País. Mas longe de gritos alegres, marchas comemorativas, é preciso refletir sobre uma liberdade incompleta. Quase dois séculos depois do grito de independência e de quase 20 da retomada da democracia, o Brasil apenas não vive abertamente sob as ordens de outro País. A nação tem a liberdade de tomar seus próprios rumos e destinos. Mas há pressões muitas para que essa liberdade seja reduzida. Tanto comercial quanto política. Internamente, os brasileiros menos favorecidos ainda vivem sob a égide de governos corruptos, de um sistema eleitoral altamente criticável e uma democracia que enfrenta vícios horríveis. Sem falar na convivência com empresários desonestos e de patrões que nem sempre cumprem as leis. Os menos favorecidos precisam madrugar em filas para conseguir uma consulta médica. A educação como um todo deixa a desejar. Enquanto a criminalidade toma conta de vários locais sem que o Estado consiga interferir de forma eficiente. Tudo porque os governos corruptos continuam a mandar e o judiciário fica perdido em sua burocracia de defesas e recursos e leva a uma justiça tardia e, muitas vezes, injusta. E o brasileiro ainda precisa conviver com discursos que torna tudo bonito, sem que a situação realmente seja aquela. Por exemplo, quem assistiu ao discurso da independência da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira (6), em rede nacional, teve a sensação de assistir ao lançamento da campanha pela reeleição. Não de uma chefe de Estado falando ao seu povo. Promessas disfarçadas e justificativas de quem deveria estar fazendo mais pela população. Então, se quiser, pode comemorar a independência. Mas é bom pensar um pouco primeiro.AUDIÊNCIA MARCADAO juiz Héber Mendes Batista, da 108ª Zona Eleitoral marcou para o dia 10 de outubro, às 14h, a primeira audiência de uma Ação Penal movida contra o ex-candidato a prefeito Fernando Chiarelli. Acusado de crime eleitoral pelo Ministério Público, ele será interrogado na audiência. A advogada Maria Cláudia de Seixas, que defende a prefeita Dárcy Vera (PSD) em várias ações, é assistente de acusação.DANÇA DE CADEIRASSem conseguir ficar 20 dias no cargo, o dentista Celso Lopes já está exonerado do cargo de superintendente do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM). Ele substituiu a Luiz Carlos Teixeira, mas pediu licença médica logo que apareceu a obrigação de determinar, por resolução, a devolução questionável de recursos do IPM para a Prefeitura. Após a licença, tirou férias. Deveria reassumir a função nesta segunda-feira (9), mas está exonerado a partir deste domingo.TRÊS CARGOSCom a exoneração de Celso Lopes, assume interinamente o posto, pelo qual já vem respondendo desde o afastamento do dentista, Luiz Antônio da Silva, que é também diretor superintendente e administrativo do Serviço de Assistência aos Municipiários de Ribeirão Preto (Sassom). Enquanto isso, segue na Justiça a ação que pode resultar na devolução dos valores repassados, cerca de R$ 37 milhões.OUTRAS TROCASO Diário Oficial do Município desta sexta-feira trouxe outras mudanças de titulares. A oficialização da demissão do secretário de Governo Jamil Albuquerque e a nomeação do substituto Osvaldo Ceoldo. Tem ainda a portaria que remove o engenheiro Ivo Colichio, que já foi secretário do Planejamento e Gestão Pública, para o Daerp. Colichio vinha desempenhando funções na Coordenadoria de Projetos da Prefeitura e será o diretor técnico da autarquia, após a exoneração de Joaquim Ignácio da Costa Neto.