LEITURA

Inclusão eficaz em Piracicaba

Projeto oferece aulas que estimulam a prática de leitura e texto para alunos da rede pública

Marcelo Rocha
Especial para a Gazeta de Piracicaba
22/11/2013 às 13:59.
Atualizado em 24/04/2022 às 21:30

Funcionar como um importante suporte pedagógico à escola. Esse tem sido o objetivo do projeto Inclusão Eficaz, do Centro de Reabilitação Piracicaba, iniciativa que, desde abril, oferece atividades complementares de leitura e texto a alunos de escolas públicas, estaduais e municipais, que apresentam dificuldade de aprendizado.O Inclusão Eficaz foi desenvolvido a partir de uma importante detecção da equipe técnica do Centro de Reabilitação: 60% dos alunos encaminhados pela rede pública à instituição não apresentam deficiência intelectual que justifique o baixo aproveitamento escolar.“Para participar deste projeto, o aluno não pode ter nenhuma deficiência, somente a dificuldade de aprendizado”, explica Kátia Cristina dos Santos, pedagoga do Inclusão Eficaz. Segundo ela, os alunos são inicialmente encaminhados ao Centro de Reabilitação Piracicaba por médicos ou pela coordenação das escolas e, a partir daí, passam por uma triagem e uma avaliação pedagógica. “Fazemos uma avaliação diagnóstica para descobrir qual é dificuldade de cada um”, conta a educadora.As atividades em sala de aula são focadas nas defasagens dos estudantes e basicamente envolvem leitura, interpretação de texto e escrita. Os alunos leem jornais, revistas e livros e depois têm que produzir uma redação. Atualmente, 17 alunos – com idades entre 12 e 18 anos - são beneficiados pelo Inclusão Eficaz. Para 2014, a faixa etária será mais abrangente, compreendendo alunos dos sete aos 18 anos.As aulas acontecem de segunda-feira a sexta-feira em dois períodos, das 8h às 10h e das 14h às 16h (com capacidade de 10 alunos por turma), sempre no horário oposto às aulas escolares. O projeto possui uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, que oferece vale-transporte aos alunos.“Percebo que os alunos chegam meio tímidos mas com o tempo apresentam grande evolução na leitura e na escrita. Eles também se mostram mais motivados e empenhados”, afirma Evani Marques Costa, assistente social do Centro de Reabilitação. ALUNOSCarmen Lúcia Chiaranda de Souza, 18, aluna do EE Professor Affonso José Fioravanti, diz que as aulas têm sido importantes. “Estão me ajudando a elaborar textos e a tirar melhores notas”, conta.Já o estudante Leonardo Campagnolo Leonel, 12, da EM Hilda Geni Stolf, que está no Inclusão Eficaz há três meses, falou que muita coisa mudou. “Gosto de ler quadrinhos e fiz amigos aqui”, comenta. Zaine Emilly Silva e Silva, 17, da EE Doutor Jão Sampaio, diz que tinha dificuldade para ler e escrever. “Agora tenho o prazer de ler, mas antes eu não gostava. Estou lendo bastante, principalmente os jornais”, declara.

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