A crise política no Brasil chegou ao ápice na véspera da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff
A crise política no Brasil chegou ao ápice na véspera da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O assunto será encerrado esta semana, com a decisão sobre a cassação do mandato da petista. A definição sobre o poder no governo federal ocorre em meio à disputa pelas prefeituras no Brasil. Complica o xadrez eleitoral e coloca ainda mais obstáculos para aqueles que querem conquistar um cargo eletivo, principalmente, pela atual intolerância à política. Tentativas A demonstração de insatisfação da população fez com que a maioria dos candidatos mudasse suas atitudes em relação à campanha. Estão mais moderados, com discursos mais otimistas, numa tentativa de se aproximar do eleitorado. A situação é mais grave para o PT. Alguns concorrentes da legenda deixaram de lado o vermelho em suas publicidades, usam até o azul e amarelo no material publicitário e a estrela anda meio escondida. a frase "Finalizo pedindo desculpas à senhora presidente. Não por ter feito o que fiz, mas por eu ter lhe causado sofrimento." - Da autora do pedido de impeachment, Janaína Paschoal, durante discurso no Senado nesta terça. Cobrança A população está mais atenta. Nas redes sociais, não faltam questionamentos aos concorrentes. Ganha ponto quem responde, explica suas propostas e não deixa o eleitor no “vácuo”. Tem questionamento sobre tudo nas redes, asfalto, falta de posto de saúde, falta de vaga em creche e política sobre o comissionamento. Sobre Dilma Os senadores fizeram nesta terça seus discursos, os acusadores de Dilma voltaram a defender a existência de crimes de responsabilidade e Janaína Paschoal, autora do pedido, chorou e pediu desculpas à presidente por saber que causou sofrimentos. No discurso Após o término do processo de impeachment não se pode esquecer que muita coisa ainda precisa mudar em Brasília. Nem de longe os políticos que ocupam o Congresso nesta quarta-feira e que foram à tribuna discursar sobre transparência e fim da corrupção colocam em prática esses conceitos em suas vidas públicas. Lado a lado Em Hortolândia, o material publicitário dos candidatos anda interessante. O atual prefeito Antonio Meira (PT), que tenta a reeleição, aparece ao lado da deputada federal Ana Perugini (PT-SP). A parlamentar é ex-mulher de Angelo Perugini (PDT), principal rival de Meira na eleição. O curioso é que o petista e o pedetista já foram aliados, mas brigaram e se afastaram. Coisas do destino... Som alto Atenção, candidatos a vereador! Carro de som pelas ruas pode, mas tente ser moderado e conversar com sua equipe sobre a melhor estratégia. Tente escolher um horário bacana e não as primeiras horas da manhã. Já tem gente irritada na região com a barulheira e com vontade de votar nulo. Os tradicionais santinhos que emporcalham a cidade também incomodam. Nomeação O governador Geraldo Alckmin (PSDB) nomeou nesta terça-feira o economista Hélcio Tokeshi para substituir Renato Villela na Secretaria da Fazenda. Tokeshi é de Piracicaba, e tem mestrado em economia pela Unicamp. Renato Villela deixou o cargo e alegou motivos pessoais. O novo chefe da pasta assume nesta quinta-feira. Debate Na próxima segunda-feira, os candidatos à Prefeitura de Campinas participarão de um debate na Escola Comunitária, às 10h30, no Ginásio de Esportes. Até agora, sete concorrentes confirmaram a presença: Edson Dorta (PCO), Jacó Ramos (PHS), Artur Orsi (PSD), Marcela Moreira (PSOL), Marcos Margarido (PSTU), Marcio Pochmann (PT) e Surya Guimaraens (Rede). A ideia é discutir as propostas com os alunos. As regras foram discutidas e acordadas entre os representantes dos partidos no dia 23 de agosto.