Imigração de letões é tema de documentário em Santos

Quatro produtores da Letônia e um de Nova Odessa estiveram em Santos nesta última semana para gravar um documentário sobre a imigração de letões no Brasil. Eles ainda visitarão cidades de Santa Catarina e Paraná para dar sequência ao projeto.

O interesse pelos dois municípios paulistas é facilmente explicável. Enquanto Nova Odessa é a cidade que concentra a maior colônia de descendentes fora desse país europeu, Santos é considerada o portal da imigração. Por seu porto entrou a maioria de estrangeiros que chegou ao País rumo à capital paulista, às fazendas do interior de São Paulo e a todo o Sul do Brasil.

Os produtores letões estiveram na Setur (Secretaria de Turismo), onde receberam material turístico sobre a cidade. Eles conheceram o espaço que abrigou a Inspetoria dos Imigrantes, onde eram feitos os primeiros registros dos estrangeiros no País, posteriormente complementados na capital. Também visitaram as dependências da Estação do Valongo — de onde partiam os imigrantes em trens para São Paulo e daí para o interior e para outros estados — e o antigo armazém de bagagens.

República báltica

Juntamente com a Lituânia e a Estônia, a Letônia forma o trio das repúblicas bálticas, por serem banhadas pelas geladas águas do Mar Báltico. Seu território tem sido habitado desde 8000 a.C. Ex-república da União Soviética, conquistou a independência em 1990. Como herança desse domínio, os russos constituem mais de 25% da população.

Riga, capital da Letônia, é a maior dentre as capitais bálticas. Em seu bairro histórico misturam-se edificações medievais e prédios art nouveau, declarados patrimônio da humanidade. As florestas cobrem quase metade do território, o que favorece o turismo ecológico, em especial na cidade de Sigulda, rodeada de cavernas, bosques e corredeiras. Em 2004, a Letônia ingressou na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Europeia (UE).