Estação de tratamento de efluentes químicos dá ao Celso Pierro título de Amigo do Meio Ambiente
Vanessa Tanaka* A preservação do meio ambiente sempre foi uma preocupação do Hospital e Maternidade Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Tanto é que uma de suas medidas foi reconhecida com o prêmio Amigo do Meio Ambiente do Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) durante o Seminário Hospitais Saudáveis, da Secretaria de Estado da Saúde, em cerimônia realizada no início do mês passado no Hospital Sírio-Libanês, na Capital paulista. O projeto de instalação de uma estação para o tratamento dos efluentes químicos gerados no Laboratório de Análises Clínicas (LAC) foi contemplado com o prêmio, que tem como objetivo reconhecer os prestadores de serviços de saúde do SUS de todo o Brasil que desenvolvem iniciativas em sustentabilidade socioambiental. Este ano, 65 projetos concorreram, dos quais 15 foram premiados, dentre eles o hospital da PUC-Campinas. Os escolhidos foram avaliados por uma comissão julgadora composta por especialistas, acadêmicos e profissionais, do setor de Saúde. “A situação do meio ambiente no planeta nos desafia a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar o desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos”, ressalta a supervisora geral técnica do LAC, Patrícia Fachini. O objetivo da estação é tratar os efluentes produzidos pelos equipamentos do LAC no próprio hospital antes de descartar na rede de esgoto. O tratamento é realizado por processo oxidativo avançado — Sistema Fenton —, que tem como ponto forte o poder oxidante em tempo reduzido. Como consequência, há diminuição no custo, devido às quantidades menores de insumos necessários para a operação. O sistema permite a descaracterização química dos resíduos, transformando-os no final em gás carbônico (CO2), água (H20) e material inerte. A necessidade do tratamento dos efluentes e o comprometimento com a sociedade e o meio ambiente fizeram com que o hospital optasse, em 2010, pela construção da Estação de Tratamento de Efluentes Químicos, uma vez que a instalação não é obrigatória. Antes disso, os resíduos químicos eram tratados por empresa terceirizada, como faz a grande maioria dos laboratórios, já que não podem — e não devem — ser descartados na rede de esgoto. Segundo a supervisora, a ação reforça a consciência verde. “A situação do meio ambiente no planeta nos desafia a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar o desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento sustentável exige a construção de alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade”, afirmou.