Honda inaugura Centro de Pesquisas

A Honda Automóveis do Brasil inaugurou nesta quinta-feira (27), na unidade fabril de Sumaré, o novo Centro de Pesquisa & Desenvolvimento. O local tem como missão impulsionar a nacionalização de componentes para os veículos da marca e também promover avanços técnicos que moldem os modelos globais da montadora japonesa ao gosto do consumidor brasileiro. Os investimentos na edificação e em equipamentos chegam a R$ 200 milhões. No centro, atuam 300 engenheiros. A empresa se prepara para colocar novidades no mercado como o novo Fit, a atualização do City, o Civic SI e o SVU Vezel. Para sustentar o crescimento da montadora no Brasil está em construção um segundo complexo industrial localizado na cidade de Itirapina. A planta deve entrar em operação em 2015. Enquanto a unidade não é inaugurada, os novos veículos serão fabricados em Sumaré. Apenas o Civic SI, um carro de luxo da multinacional japonesa, será importado. O complexo da cidade vizinha a Campinas trabalha atualmente acima da capacidade produtiva. Em 2013, foram produzidos no local 140 mil unidades. A capacidade é de 120 mil veículos. Com a fábrica de Itirapina, a Honda vai dobrar a capacidade de produção no Brasil e chegará a 240 mil veículos por ano. A multinacional japonesa ao inaugurar o novo centro de pesquisa e desenvolvimento projeta em quatro anos conseguir saltar de um índice de 70% de nacionalização dos carros para 90%. Para atingir a meta, a multinacional também trabalha junto às autopeças para que as fornecedoras tragam novos componentes e tecnologias para o País. Chegar a 100% é tarefa mais difícil, segundo executivos da companhia, porque há componentes eletrônicos e de sistemas de motores e chassis que não compensam produzir no Brasil. O gerente do centro de pesquisa e desenvolvimento da Honda, Luiz Gazzola, afirmou que a unidade tem papel importante no desenvolvimento de novas tecnologias e também na tarefa da multinacional em aumentar a nacionalização de componentes nos veículos. "O laboratório tem tecnologia moderna e é dotado de equipamentos que testam desde a eficiência dos motores até as emissões de poluentes" , disse. Gazzola comentou que o centro tem equipamentos como dinâmometros e um laboratório de teste de materiais. O presidente da Honda South America, Masahiro Takedagawa, afirmou que o novo centro será um instrumento importante para a montadora aumentar a nacionalização dos modelos da marca. Ele comentou que foram criados 300 postos de trabalho para engenheiros no centro. "Nossos planos para o Brasil são de investimentos em tecnologia e no aumento da produção. A Honda está construindo uma nova fábrica em Itirapina" , disse. Mercado O diretor comercial da Honda, Sérgio Bessa, afirmou que antes da Copa do Mundo será lançado o novo Fit. O carro sairá de fábrica em quatro versões. "Inicialmente, a produção será em Sumaré. Com a inauguração da nova fábrica em Itirapina, o modelo será produzido na nova planta. O utilitário Vezel chegará no mercado no primeiro semestre do próximo ano. O sistema será o mesmo. Primeiro, a fabricação será em Sumaré e depois será transferido para Itirapina" , comentou. Ele antecipou que ainda não está definido se o nome do SUV no mercado nacional será Vezel, como em outros países. O executivo salientou que no ano passado foram fabricados 140 mil carros na unidade de Sumaré. A capacidade é de 120 mil veículos. "A planta roda com dois turnos. A criação de um terceiro turno pode ser considerada" , afirmou. Bessa apontou que no ano passado o crescimento das vendas foi de 3,2% e neste ano está projetado um aumento de 3,7%. "As nossas estimativas são superiores às do mercado" , analisou. A Honda tem 3,9% do mercado nacional e pode ultrapassar os 4%.Além do novo Fit e do SUV Vezel, a Honda vai lançar no segundo semestre deste ano a linha renovada do City. "Também temos a intenção de importar o esportivo de luxo Civic SI" , comentou. O executivo da multinacional japonesa disse que a empresa ainda não pensa na produção de carros elétricos e hibridos no Brasil. Entretanto, ele reforçou que a montadora já tem modelos sendo fabricados em outras partes do mundo. Bessa também disse que não está nos planos atuais modelos mais populares, mas ressaltou que há espaço na área do complexo de Itirapina para a construção de uma nova unidade.